Mas,
o que nos diria João Batista se ele ministrasse um seminário sobre liderança
cristã em nossos dias?
Stan
Toller especula essa resposta em seu livro “A Excelência do Ministério”, no 40º
capítulo, na pagina 133.
Primeiramente,
João Batista nos diria que uma verdadeira liderança cristã deve ser centrada em
Cristo. Ele não estava voltado para si mesmo. A razão da seu ministério era
Cristo. Ele mesmo disse acerca de Cristo: “é
necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3. 30); “eis que vem aquele que é mais poderoso do
que eu, a quem não sou digno de desatar a correia de suas sandálias” (Lc 3.
16). Adiante da multidão, João apontou para Cristo e disse: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo” (Jo 1. 29). Ele tinha um ministério voltado para Jesus Cristo.
Nosso
ministério igualmente deve ser centrado em Jesus. Ele é a razão da nossa liderança.
A nossa mensagem deve ser cristocentríca, pois só podemos dar fruto se
estivermos nele (Jo 15. 5). Sem ele não podemos fazer nada. A autoridade que
temos emana dele (Lc 10. 19). Portanto, antes de iniciar a missão, é preciso
passar pelo calvário e conhecer Jesus pessoal. A fé pessoal em Cristo é
requisito indispensável para o líder cristão.
Segundo,
João Batista nos diria que uma verdadeira liderança cristã precisa promover
mudanças. João Batista foi inciso em sua mensagem. Ele convocou o povo para o
arrependimento, pregando assim: “arrependei-vos,
porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3. 2). Arrependimento em grego é “metanoia”
e significa mudança de mente. As pessoas só podem melhorar se houve uma mudança
de mentalidade e de atitude e passar a ter a mente de Cristo e andar como ele
andou (I Cor 2. 16; I Jo 2. 6).
Em terceiro
lugar, João Batista nos diria que a nossa liderança deve ser fundamentada na
Palavra de Deus. O seu ministério profético não era uma questão política, não
era uma questão de herança familiar, não era uma questão de status social, não
era uma questão de econômica. O seu ministério era o cumprimento de uma
profecia divina. Isaias e outros profetas haviam falado acerca do seu ministério.
A respeito dele Mateus escreveu: “porque
este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: voz do que clama no deserto:
preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3. 3). A missão
de João Batista estava fundamentado na Palavra de Deus. De igual modo, a nossa
missão no Reino de Deus deve estar norteada pela Palavra de Deus. Devemos ser
guiados por ela.
Quarto
lugar, João Batista nos diria que a verdadeira liderança cristã deve ser dirigida
pelo Espirito Santo. O Espirito é nosso consolador e guia. João tinha certeza
disse. Ele mesmo foi cheio do Espirito Santo desde o ventre materno. Ele profetizou
sobre a vinda do Espirito Santo e do batismo com o Espirito Santo. Na linguagem
pentecostal ele era um pré-pentecostal. Ele acreditava no poder de Deus para
pregar o evangelho, e apesar de não haver registrado de nenhum milagre operado
por ele, ele falou enfático e explicitamente acerca do batismo com o Espirito
Santo, dizendo: “eu, em verdade, vos
batizo com água, para o arrependimento, mas aquele que vem após mim é mais
poderoso que eu; não sou digno de levar suas sandálias; ele vos batizará com o
Espirito Santo e com fogo” (Mt 3. 11). Pois, só podemos cumprir a nossa
missão com o auxílio do Espirito Santo.
Esses
são os quatro pré-requisitos para uma líder cristão de acordo com as atitudes e
vida do profeta João Batista. A nossa liderança deve ser centrada em Jesus, fundamentada
na Palavra de Deus, dirigida pelo Espirito Santo, sem perder o foco da
transformação que deve ocorre nos corações das pessoas, convocando-as para
mudança de vida, para o arrependimento.
Pr. Joventino B. Santana
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