Porque sou contra o aborto? Uma apologia pró-vida
Sem rodeios:
Sou contra o aborto por que ele é um homicídio. É uma vida que está sendo
ceifada, assassinada dentro do útero materno. A vida inicia desde momento da
concepção. A célula-ovo já é uma vida humana. Pois de acordo com a própria
ciência embrionária a vida é um continuum que vai desde do zigoto até ao velho,
terminando com a morte. E um tipo de
assassinato brutal e cruel, porque é contra indefesos e inocentes. É uma pena
de morte imposta pelo mais forte sobre o mais fraco, sobre o indefeso. O feto
ou embrião está ali no útero, no ventre, porque ele necessita de defesa, de
amparo e de proteção. A mulher foi formada com esse potencial de proteger em
seu ventre o novo ser. Quem, de acordo com as leis naturais e biológicas,
deveria defender, é quem mata. Isso é monstruoso, cruel e irracional; portanto
inaceitável. Pois “o aborto é um crime, em nada difere de um homicídio” (ANDRADE 2007,
p. 24).
Os
defensores do aborto evitam usar esses termos e criaram outras expressões, tais
como: “interrupção voluntária da gravidez”,
“direito de decidir”, “direito a saúde reprodutiva”, para
encobrir a natureza criminal do aborto. Mas nenhum desses artifícios de
linguagem são capazes de ocultar o fato que o aborto provocado é um
infanticídio.
O
argumento que o aborto legal, coberto pelo sistema público de saúde, realizado
por profissionais especialistas é seguro, não é verdade. Pois o aborto provoca
a morte de um novo ser humano em pleno desenvolvimento (feto ou embrião) sem
nenhum direito ou possibilidade de defesa. E a boa ética nos ensina que sempre
o mais forte deve defender o mais fraco. O bebê que está no ventre deve ser
defendido e sua vida preservada com amor e carinho.
A
defesa que o embrião só sente dor depois da 26ª semana para justificar o aborto
é fraca demais. Pois se assim fosse, não seria crime matar pessoas que sofrem
de doenças que provocam a perda da sensação de dor. Por outro lado, a ciência
ainda não tem um consenso comum acerca do assunto. Alguns defendem que a
criança só começa a sentir dor a partir da quinta semana de gestação, quando o
hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga
ao córtex cerebral se forma. Outros pensam que é a partir da sétima semana,
quando surgem os receptores da dor na pele. E há aqueles que acham que a
criança só sente dor depois do nascimento. Mas independentemente do momento que
a criança começa sentir dor, o aborto é um crime contra a vida, contra um ser
humano. O que está dentro do ventre materno, não é outro ser se não um ser
humano.
De
acordo com o grande teólogo brasileiro, Claudionor de Andrade, é um
quebrantamento da santidade da vida, ferindo um dos mais valiosos princípios da
Palavra de Deus: “não matarás” (Ex 20. 13). Esse é o mandamento de Deus: “não
matarás”. A vida emana do próprio Deus, é Deus que dá a vida, e,
portanto devemos defender a vida e não morte.
Os
defensores da pró escolha, do direito da mulher interromper a gravidez, dizem
que crianças indesejadas tem um nível de felicidade inferior ás outras crianças
desejadas, incluindo diversos problemas de saúde, econômicos, físicos, educacionais,
familiares, psicológicos e cognitivos. Porém, mesmo que houvesse essa relação
entre crianças desejadas e não desejadas, não se pode fazer uma relação
científica honesta com as que foram abortadas, pois não estão vivas. Não há
como verificar comparavelmente uma situação de vida com uma situação de morte.
Pois não se pode afirmar que uma situação de vida ruim seja pior que a morte.
Portanto o aborto não é a saída. Não é a solução para crianças não planejadas.
Elas, igualmente como qualquer criança, devem ser amadas, defendidas e amparadas
pela família e pela sociedade.
No
lugar de promover uma política a favor do aborto, em nome de uma suposta
dignidade da mulher e da infelicidade de criança indesejadas, deve-se ampliar o
conjunto de ações educativas relacionado ao planejamento familiar[1] e facilitar o acesso aos
meios contraceptivos[2], promovendo dessa forma o
bem estar social, emocional e espiritual das famílias e de todas as crianças.
O
caminho não é o aborto, o caminho é o amor. É amor posto em ação. É o amor sem
preconceito. O amor pelo próximo. O amor por quem ainda não nasceu. Por quem
está no ventre e precisa de proteção. Proteção materna, proteção de todos nós.
Pastor Joventino Barros Santana
[1]
Planejamento familiar é o conjunto de ações que tem como objetivo contribuir
para saúde da mulher e da criança, permitindo as famílias escolheres quantos
filhos querem ter, quando e o espaçamento do nascimento de um para o outro.
[2]Contraceptivos
são os dispositivos naturais e artificias, desde aos métodos mais simples como
a abstinência sexual no período fértil da mulher, passando pelos medicamentos,
até as cirurgias de ligaduras de tropas ou vasectomia.
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