Mas buscai
primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas (Mt 6. 33)
A prosperidade é uma doutrina
amplamente presente na Bíblia. Quando falo de prosperidade não falo dessa falsa
prosperidade pregada por parte de alguns pregadores da chamada “teologia da
prosperidade”. Mas do que a Bíblia nos diz. Reconheço que prosperidade envolve
todos os aspectos de nossa vida, inclusive o financeiro. No entanto, muitos dos
nossos irmãos estão tão apegados aos bens materiais, ao dinheiro, ao
consumismo, ao poder e ao status social, que nem mesmo secundariamente tem
buscado o Reino de Deus.
Quantos não mais têm tempo
nem mesmo para congregar aos domingos?
Os nossos cultos de doutrina
e de ensinamento, se vacilarmos ficamos sós. Muitos nem da ceia reunida com os
irmãos participam. Não queremos renunciar absolutamente nada. Fazemos o que nos
é conveniente e o que dar e pronto. Deus parece que não é mais digno de
prioridade e exclusividade. É como se Deus tivesse nos apelando, rogando e
implorando para que fizesse alguma coisa que lhe agrade. Ele não implora. Ele
exige que lhe obedeça e ponto final. Se você não obedecer prestará conta de sua
desobediência. Os salvos são obedientes ao seu Senhor. O anônimo escritor aos
Hebreus vaticina: “E, sendo ele (Jesus)
consumado, veio ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem
(Hb 5. 9).
Deus não é o nosso escravo e
nem o nosso empregado que fica lhe implorando para você vim ao culto. Não! Jamais.
Ele procura e lhe chama. Mas o seu chamado é em forma de uma ordem. Observe: “vinde a mim” (Mt 11. 28) É uma ordem. Você
deve vir. E se você não vier e não obedecer, não alcançará a salvação. Foi próprio
Jesus que disse: “nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus” (Mt 7. 21). Quem não obedece tem como destino certo
o inferno. Isso é duro. Mas é a verdade (Mt 7. 22, 23). Estamos acomodados em torno de nós mesmos.
E quando alguma coisa ocupa
o lugar que pertence exclusivamente ao Senhor nos tornamos idólatras. Hoje em
dia, um número considerável de cristãos deixou o secularismo tomar o lugar de
Deus. Para Deus é “se der”. “Se der tempo”, “se tive dinheiro”, “se tudo for resolvido” “se
meu cônjuge permitir”. Não mais condicionamos a nossa vida à vontade de
Deus. Até que queremos fazer a vontade de Deus e alguma coisa no Reino de Deus,
mas só se estiver condicionada aos nossos desejos e aos nossos a fazeres. Sem contar
que para muitos Deus se tornou meramente um meio se alcançar os seus anelos,
muitas vezes pecaminosos e inescrupulosos.
Claro que precisamos ter equilíbrio
entre o que se espera de Deus na eternidade com a nossa transitoriedade. Todos
nós sabemos que precisamos de comida, educação, sapato, roupa, lazer,
transporte e dinheiro. O próprio Deus sabe que necessitamos de tudo isso. Jesus
foi muito claro e objetivo ao questionar os seus interlocutores: “não andeis, pois, inquietos, dizendo: que
comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? Decerto, vosso Pai
Celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas” (Mt 6. 31, 32).
E tudo isso pode vim em
abundância se primeiro buscarmos o seu Reino e sua Justiça. Quem nos garante é
o próprio autor da vida, Jesus Cristo. Foi Ele que ensinou “mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua
justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6. 33). O primeiro
lugar é exclusivamente de Deus!
Pastor Joventino Barros Santana
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