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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SEMINÁRIO DE LIDERANÇA MINISTRADO POR JOÃO BATISTA

João Batista é uma das figuras mais importante da Bíblia. Os quatro evangelhos inicia com a sua história. Ele foi um profeta influente. Multidões viam de todas partes para ouvir o profeta do deserto, nas margens do Rio Jordão. Ele era uma pessoa simples, vestia vestes confeccionadas de pelos de camelos e se alimentava de mel e de gafanhotos, mas a sua voz era poderosa e penetrava nas almas dos homens e das mulheres que lhe ouvia. Com a sua mensagem ele despertou o povo e as autoridades religiosas e políticas do seu tempo. Em alguns, ele provocou lágrimas de arrependimento; em outros; fúria e ira. Sem temor pregou o evangelho para as multidões, desafios os sacerdotes, os fariseus, os saduceus e reprendeu a maior autoridade política da sua região, o tetrarca Herodes, pelo seu relacionamento conjugal ilícito. Era um profeta corajoso, destemido e influente.

Mas, o que nos diria João Batista se ele ministrasse um seminário sobre liderança cristã em nossos dias?
Stan Toller especula essa resposta em seu livro “A Excelência do Ministério”, no 40º capítulo, na pagina 133.

Primeiramente, João Batista nos diria que uma verdadeira liderança cristã deve ser centrada em Cristo. Ele não estava voltado para si mesmo. A razão da seu ministério era Cristo. Ele mesmo disse acerca de Cristo: “é necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3. 30); “eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia de suas sandálias” (Lc 3. 16). Adiante da multidão, João apontou para Cristo e disse: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1. 29). Ele tinha um ministério voltado para Jesus Cristo.
Nosso ministério igualmente deve ser centrado em Jesus. Ele é a razão da nossa liderança. A nossa mensagem deve ser cristocentríca, pois só podemos dar fruto se estivermos nele (Jo 15. 5). Sem ele não podemos fazer nada. A autoridade que temos emana dele (Lc 10. 19). Portanto, antes de iniciar a missão, é preciso passar pelo calvário e conhecer Jesus pessoal. A fé pessoal em Cristo é requisito indispensável para o líder cristão.    

Segundo, João Batista nos diria que uma verdadeira liderança cristã precisa promover mudanças. João Batista foi inciso em sua mensagem. Ele convocou o povo para o arrependimento, pregando assim: “arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3. 2). Arrependimento em grego é “metanoia” e significa mudança de mente. As pessoas só podem melhorar se houve uma mudança de mentalidade e de atitude e passar a ter a mente de Cristo e andar como ele andou (I Cor 2. 16; I Jo 2. 6).

Em terceiro lugar, João Batista nos diria que a nossa liderança deve ser fundamentada na Palavra de Deus. O seu ministério profético não era uma questão política, não era uma questão de herança familiar, não era uma questão de status social, não era uma questão de econômica. O seu ministério era o cumprimento de uma profecia divina. Isaias e outros profetas haviam falado acerca do seu ministério. A respeito dele Mateus escreveu: “porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3. 3). A missão de João Batista estava fundamentado na Palavra de Deus. De igual modo, a nossa missão no Reino de Deus deve estar norteada pela Palavra de Deus. Devemos ser guiados por ela.    

Quarto lugar, João Batista nos diria que a verdadeira liderança cristã deve ser dirigida pelo Espirito Santo. O Espirito é nosso consolador e guia. João tinha certeza disse. Ele mesmo foi cheio do Espirito Santo desde o ventre materno. Ele profetizou sobre a vinda do Espirito Santo e do batismo com o Espirito Santo. Na linguagem pentecostal ele era um pré-pentecostal. Ele acreditava no poder de Deus para pregar o evangelho, e apesar de não haver registrado de nenhum milagre operado por ele, ele falou enfático e explicitamente acerca do batismo com o Espirito Santo, dizendo: “eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento, mas aquele que vem após mim é mais poderoso que eu; não sou digno de levar suas sandálias; ele vos batizará com o Espirito Santo e com fogo” (Mt 3. 11). Pois, só podemos cumprir a nossa missão com o auxílio do Espirito Santo.

Esses são os quatro pré-requisitos para uma líder cristão de acordo com as atitudes e vida do profeta João Batista. A nossa liderança deve ser centrada em Jesus, fundamentada na Palavra de Deus, dirigida pelo Espirito Santo, sem perder o foco da transformação que deve ocorre nos corações das pessoas, convocando-as para mudança de vida, para o arrependimento.     


Pr. Joventino B. Santana 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

VALORIZANDO OS VOLUNTÁRIOS DO REINO DE DEUS


O trabalho da igreja é realizado na sua maioria absoluta por pessoas voluntárias. E não é fácil encontra-las. Os trabalhos são muitos e constantes e os voluntários são raros. Jesus falou sobre o assunto: “a seara é grande e poucos são os trabalhadores”. Por isso que eles valem ouro. Eles são preciosos. Quando encontrados merecem ser valorizados, motivados, encorajados, orientados e recompensados. Pois eles são bênçãos para liderança e para demais pessoas; pelo um simples motivo: o líder não pode fazer tudo sozinho. Ele precisa de uma equipe forte, dinâmica e atuante, que saiba trabalhar. Sem esse tipo pessoa a obra não funciona a contento. As coisas não darão certo. Pois o sucesso é resultado de uma ação coletiva.

Portanto, reconheça que eles são necessários. Os seus esforços fazem uma grande diferença no Reino de Deus na terra. A sua igreja não seria a mesma sem os trabalhos deles. Eles estão contribuindo na grande missão de ganhar almas. O que estão fazendo conta para eternidade. Pois, no fim, a sua obra faz parte da Grande Comissão de Cristo.

Então, dê apoio, orientando-os na sua missão, não esquecendo de lançar a visão, os objetivos, as etapas e os desafios que enfrentarão. Ninguém consegue ir muito longe sozinho. Somos seres gregários e gostamos de trabalhar em grupo. Andamos em conjunto. Por isso não os deixe solitários. Seja um líder companheiro, amigo e ajudador. Auxilie sempre que puder as pessoas cumprirem suas tarefas.

Uma forma espiritual de auxiliar as pessoas nas suas tarefas é orando por elas. A intercessão é um forte meio divino de auxílio. Pois uma coisa é falar com os voluntários acerca de seus ministérios, outra coisa, bem diferente, é falar com Deus acerca desse ministério. Quando falamos com Deus evocamos o poder de Deus e os milagres sempre acontecem.

A intercessão também é uma forma de cuidado espiritual. Ela contribui para manutenção do bem-estar espiritual das pessoas. Pois alguém só pode fazer alguma coisa para o Reino de Deus quando se está bem espiritualmente. A espiritualidade vem antes da missão. É preciso que os irmãos estejam bem com consigo mesmo, com a família, com a igreja, vivendo em santidade.

Enfim, tenha consciência que as pessoas estão acima das tarefas, das coisas, dos projetos, dos métodos e até mesmo das nossas tradições e doutrinas. As pessoas é o nosso maior patrimônio. Foi por elas que Jesus derramou seu precioso sangue. O seu valor excede à prata e ao ouro. O seu preço é o sangue de Jesus. Por isso que cada voluntário do Reino de Deus em nossa igreja merece ser apreciado pelo que faz e acima de tudo pelo que são.
 
Pr Joventino B. Santana

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O QUE FAZER QUANDO OS MEMBROS SAEM DA IGREJA?


Nos tempos atuais, como o surgimento e a proliferação das denominações, tem si tornado normal a transição de membros entre as igrejas. As pessoas parecem que estão conscientes que a igreja onde congregar é uma questão de escolha pessoal e não de salvação. Se a igreja ou líder não atender suas expectativas eles vão com facilidade para alguma outra denominação que lhe agrada. Estão influenciados pela tendência atual de buscar sempre o melhor, de buscar um lugar que si sinta bem, ou por que querem simplesmente pelo desejo hodierno que se tem de mudança, de conhecer novas pessoas, novos lugares, ter novos relacionamentos. Como diz Stan Toller: “uma das tendências do cristianismo contemporâneo é a porta giratória da igreja”.

Alguns mudam de igreja por que simplesmente não se identificam com o seu pastor, não apreciam suas pregações, louvores e habilidades organizacionais. Outros vão embora por que são críticos do pastor e da igreja. Não aceitam sua forma de liderança e trabalho eclesiástico e por causa disso preferem mudar.  Há também aquelas que mudam de igreja por que estão feridas, magoadas, machucadas com outras pessoas. Ai elas preferem sair que permanecerem para resolver o problema. É mais fácil fugir que enfrentar as dificuldades de relacionamentos.

Tem aqueles que saem por causa de algum ponto fraco da igreja. Às vezes é o trabalho com as crianças que não funciona a contento. Outra vezes não existe um departamento organizado para cuidar dos adolescentes. Nenhuma igreja é boa em tudo. Sempre existe alguma deficiência, que precisa ser corrigida e melhorada. Outros, simplesmente saem por causa da localização da igreja. Mudaram de bairro, não tem transporte, ou por que abriram outra igreja próximo de sua casa. Ainda existem aquelas que saem e nem elas mesmas sabem o motivo. Às vezes é uma questão de gosto e como se diz: “gosto não se discute”.   

Mais o que fazer quando as pessoas saem da igreja?

Primeiro, não se desespere. Não entre pânico. Elas não serão as primeiras a deixar a igreja e nem serão as últimas.  Por outro lado, se você continuar trabalhando e cumprindo sua missão com integridade e dedicação, com certeza novas pessoas também serão agregadas ao seu rebanho. Portanto, não perca a esperança. Não deixe que o desânimo e a aflição tomem conta de sua alma. Descanse em Deus. Seu ministério e nem sua igreja vão se acabar.

Segundo, não se sinta culpado, não leve tudo para o lado pessoal. Geralmente quando as pessoas mudam de igreja, o líder tem uma tendência de assumir a toda a culpa. E como foi demonstrado, são muitos os motivos pelos quais uma pessoa muda de denominação. Você pode até ter contribuído, mas isso não significa fracasso total. Você deve ter convicção da sua chamada, de seu ministério e da unção do Espírito Santo em sua vida. Se errou, pare, faça as correções necessárias e prossiga para o alvo. Lembre-se, que Jesus, o maior pastor de todos os tempos, foi traído por trinta moedas, negado por pelo seu principal discípulo e abandonado por todos. Nos momentos difíceis as pessoas muitas vezes nos abonadona. Mas Cristo está ao teu lado. Ele conhece muito bem a dor de ser abandonado.  

Terceiro, ore a Deus a respeito da situação. Quando mais nada resolve a oração tem a solução. Em vez de ficar tentando achar o motivo ou ter mesmo fazendo comentários indevidos, fale com Deus e tenha a certeza que Ele tem a melhor resposta.

Quarto, aprenda com a perda. John Maxwell escreveu um livro com o título “as vezes a gente ganha as vezes a gente aprende”. A perda é sempre uma oportunidade de aprendizagem e o líder é sempre um aprendiz, que deve aprende a aprender com a perda.

Quinto, não feche a porta da comunicação. Não seja inimigos dos seus ex-membros. Mantenha as linhas da comunicação abertas. Quando encontrarem, fale, saúda-os amigavelmente, demonstre amor e interesse pelas suas vidas. Se alguém lhe feriu, faça como Cristo ensinou: estenda o perdão. O perdão é restaurador, traz paz e harmonia para vida. O perdão é a possibilidade de convivência, de retorno e motivo de festa.

Para finalizar, lembre-se do ditado popular: “faça o melhor que puder, e o resto deixa com Deus”.

 
Pr. Joventino B. Santana