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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Necessidade de Arrependimento




A Necessidade de Arrependimento
Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para perdão dos pecados (At 2.38).

O ser humano desviou-se do alvo estabelecido por Deus.
O homem foi criado por um ato soberano da vontade de Deus. De acordo com o livro de Gênesis, Deus criou o homem com o propósito de lhe servir e lhe de adorar para sempre. A fim de testar a fidelidade humana, Deus colocou no centro do Jardim do Éden, a árvore do conhecimento do bem e do mal, e deu liberdade para que se comesse de todas, exceto a árvore do conhecimento do bem e do mal, pois no dia em que dela comesse, certamente morreria (Gn 2.16,17). 
O ser humano desacatou a ordem divina e induzido pelo diabo alimentou-se do fruto da árvore, pecando, desse modo, contra Deus. Etimologicamente, desviou-se do alvo estabelecido pelo Senhor. Por meio desta ação, o pecado passou a fazer parte da natureza humana. Todos os homens se tornaram pecadores. O apóstolo Paulo escreveu que “por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).

A universalidade do pecado
O arrependimento é uma urgente necessidade exatamente por isso. “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Davi escrevendo o Salmo 14 fornece-nos um retrato sobre o deplorável estado pecaminoso do ser humano: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corrompem; não há que faça o bem, não há nem se quer um” (Sl 14.1-3).

O atestado das ciências da realidade do pecado
O pecado é uma realidade incontestável. Popularmente ele é conhecido como mal, na filosofia ele é denominado de vício, na sociologia ele é identificado como problema social, na ética ele é chamado de erro, na legislação ele é denominado de crime, na medicina ele pode ser comparado como uma doença, na psicologia e na psicanálise ele se manifesta como desvio de conduta e de comportamento.  Não há, portanto, como negar a realidade do pecado. Observe que os pais e os educadores sempre ensinam coisas boas às crianças, no entanto elas aprendem como facilidade o errado, quanto ao correto, sempre há dificuldade. Isso por que o pecado se faz presente na natureza humana desde a concepção.

O atestado estatístico da realidade do pecado
Ainda se pode provar a realidade do pecado nos dados estatísticos sobre os diversos tipos de crimes praticados pelas pessoas. No mundo, segundo alguns sites de pesquisas, a indústria da droga movimenta mais de 400 bilhões dólares por ano. Estima- se que existem mais de 180 milhões de usuários de drogas em todo o mundo. Algumas pesquisas indicam que no Brasil 22,8% da população consome drogas. Quase 50% das escolas estaduais têm problemas com o tráfico e com consumo de drogas. Mas de vinte mil brasileiros por ano perdem a vida devido às drogas.

Outro grande problema é o fumo. Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabagismo mata por ano 3,5 milhões de pessoas, o que equivale 10 mil pessoas por dia. Estima-se que a partir de 2020 morrerão 10 milhões de pessoas e 250 milhões de crianças por ano por causa do tabagismo.

O alcoolismo é outro grave pecado que tem ceifado milhões de vidas. Contabiliza-se que 10% da população mundial é alcoólatra. O Brasil se apresenta no topo da lista como país de maior número de acidente de trânsito causa por causa da bebida, com um milhão de acidente por ano.

Os homicídios é outro grave problema que vem preocupando e tirando a paz das pessoas. 11% dos homicídios do mundo ocorrem no Brasil. A cada ano mais 40 mil brasileiros morrem com o uso de armas de fogo. Outro lastima que cresce assustadoramente é o aborto. Ocorrem anualmente em torno de 46 a 55 milhões de abortos, aproximadamente 126 mil por dia. São 126 mil pessoas que morrem sem poderem dá pelo ao menos um grito de socorro. 

O salário do pecado e a graça divina.
 A conseqüência do pecado é exatamente isso - a morte. Paulo disse que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).

O pecado é como a areia movediça. Enquanto mais o homem tenta se liberta dele, mais se afunda. A forma ensinada por Jesus para se redimir do pecado é o arrependimento. É voltar-se do pecado e voltar-se para Deus.

Pr joventino Barros Santana.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O que significa o verdadeiro arrependimento?

O que significa o verdadeiro arrependimento?

1.   Mudança de mentalidade

Primeiramente, arrependimento implica em uma mudança de mentalidade. O termo mais usado para arrependimento nas Escrituras gregas (NT) é “metanoia” e significa literalmente mudança de mente.  

1.1 A mentalidade hodierna

A mentalidade hodierna é geralmente confusa e paradoxal. A idéia pós-moderna se posiciona contrário a todos os dogmas. É contra todo tipo de doutrina e a qualquer verdade que se apresenta como absoluta. No entanto, o pensamento pós-moderno não abre mão de seu dogma predileto – a relatividade moral. Na mentalidade atual não há nada certo ou errado, tudo é uma questão do ponto de vista de cada indivíduo, tudo é relativo. Hoje dia é intelectual e inteligente que não tem certeza alguma. Todavia, o verdadeiro crente tem a convicção que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

A mentalidade hodierna também se expressa a favor da preservação da vida animal e vegetal. É contra a interrupção da vida em potencial, em formação. É crime em nosso país destruir ninhos de ovos de tartarugas. No entanto, este mesmo pensamento se apresenta eloqüentemente a favor do aborto, em nome da liberdade feminina.

Considera todas as práticas e costumes das civilizações das religiões como cultura, defendendo sua propagação e preservação. Entretanto, é contra qualquer pensamento e influência cristã.  Prega a tolerância religiosa e cultural, defende a liberdade de expressão, contudo, é intolerante quanto à fé e aos princípios cristãos milenares.

1.2 A necessidade de mudança de mente

Percebe-se explicitamente que as pessoas estão impregnadas por uma mentalidade relativista, eclética, ecumênica e erótica. Em fim, as pessoas têm uma mentalidade pecaminosa e afastada de Deus. Portanto se faz necessário uma mudança de pensamento. É preciso que a mente de cada pessoa seja transformada. É isso que apóstolo Paulo disse quando escreveu: “E não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). O mesmo apóstolo disse que o cristão tem a mente de Cristo (I Cor 2.16). E ter a mente de Cristo é pensar como ele pensou. É viver conforme os seus ensinamentos e princípios.

1.3 Uma mentalidade coerente

Ao contrário do pensamento hodierno, que é confuso e contraditório, a mentalidade cristã, fundamentado na mente Cristo, é coerente. Pois somente a mentalidade herdada de Jesus Cristo nos dá condições para entender coerentemente tanto a vida física como a moral.    Charles Colson escreve que:

Somente o Cristianismo oferece uma maneira para entender tanto a ordem física como a moral. Somente o Cristianismo oferece uma cosmovisão comprensível que cobre todas as áreas da vida, todos os aspectos da criação. Somente o Cristianismo oferece uma maneira de viver de acordo com o mundo real. (COLSON, 2000, p. 12).

Assim, o cristão não é contra a preservação das espécies, mas também defende a preservação da espécie humana. A vida humana seja de um adulto ou de um feto, de acordo com Constituição Federal do Brasil, é um bem inalienável e inviolável. A Bíblia ratifica que “o Senhor que é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e a faz subir” (I Sm 2.6).

Desse modo, o pensamento genuinamente cristão, fundamento nas Escrituras, nos outorga uma base solidamente racional e coerente com uma cosmovisão que se encaixa de forma natural com a realidade, nos capacitado a viver em harmonia com a estrutura do mundo real.

2.   Uma mudança de atitude

Arrependimento também implica em uma mudança de atitude. O verbo coligado de “metanoia” é “metamelomai” que quer dizer mudança de atitude. Quando a pessoa muda o pensamento, ela também muda de atitude. É por isso que hoje em dia se fala muito em conscientização. Por que quando as pessoas tomam consciência sobre determinado assunto a tendência natural é uma mudança de atitude e de hábito. O arrependimento provoca essa mudança.  

2.1 Um exemplo de mudança de atitude

Um exemplo bíblico de mudança de atitude é Zaqueu. Ele é muitas vezes apresentado como símbolo de um homem pecador. Era alguém muito rico, possuidor de uma invejável posição social e financeira; entretanto, discriminado pelos seus contemporâneos por causa da profissão que exercia. Ele era líder dos publicanos no distrito de Jericó. De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, os publicanos eram odiados e desprezados pelos escribas e pela população em geral. Eram considerados traidores de sua nação e agentes voluntários de seus opressores. Por sua profissão os colocarem em constante contato com os gentios, eram tidos como impuros e, portanto deveriam ser evitados pelos judeus.      

Contudo, Zaqueu tinha um desejo – conhecer quem era Jesus.  Enquanto Jesus atravessava a famosa cidade de Jericó, acompanhado por uma imensa multidão, a qual impedia qualquer pessoa de aproximar-se dele, Zaqueu teve uma idéia para que seu plano pudesse ser facilitado. Ele subiu em um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. Quando Jesus chegou ao lugar onde Zaqueu se encontrava, antes dele identificar quem era Jesus, Jesus chamou-o pelo nome e disse que naquela noite se hospedaria em sua casa. 

Esse encontro mudou a vida de Zaqueu completamente. Com prova de mudança de atitude e de uma metamorfose interior, Zaqueu disse publicamente: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Essa atitude foi tão forte como demonstração de verdadeiro arrependimento, que Jesus disse: “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.

2.2 Uma comunidade transformada

A Igreja é uma comunidade de ex. Paulo falou sobre isso quando escreveu a sua primeira epístola aos coríntios nas seguintes palavras: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (I Cor 6.9 – 11). 

Portanto, as pessoas que vem para a Igreja não são as melhores do mundo, pelo contrário, geralmente são pessoas discriminadas, marginalizadas e rejeitadas pela sociedade. São pessoas que geralmente já bateram em todas as portas e perderam as esperanças porque não encontraram solução para seu dilema espiritual. Elas vêm para igreja exatamente com o intuito de melhorar a sua vida espiritual, emocional, familiar, financeira, profissional e até física. O pastor Israel Alves disse com razão que a Igreja não é formada pelas melhores pessoas do mundo, são formas por pessoas que querem melhorar, que deseja, semelhante a Zaqueu mudar de atitude.

Assim como Zaqueu, conheço pessoalmente muitas pessoas que foram completamente transformadas pelo poder do evangelho de Jesus. Em 1993, num domingo à noite, certo jovem, envolvido no mundo da criminalidade, planejava fazer mais um furto de veículos. Porém, naquele dia, antes de consumir o seu intento, resolveu, voluntariamente, participar do culto dominical da Igreja Assembleia de Deus. Durante o culto ele ouviu a mensagem do evangelho e da necessidade de arrependimento e de mudança de vida. Entre lágrimas aquele jovem levantou uma de suas mãos como sinal de arrependimento, desistiu do seu plano e se tornou um cristão, seguindo os ensinos de Jesus. Era alguém sendo completamente restaurado do mundo da criminalidade, transformado pelo poder do evangelho. Por isso que concordo plenamente com o apóstolo Paulo quando disse: “pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm 1.16)

2.3 apesar da perseguição

Durante todo tempo de existência do cristianismo ele vem sofrendo perseguições e severas críticas de seus inimigos. Milhões se tornaram mártires, derramando seu sangue, sendo comido pelas bestas feras, pendurados em madeiros, presos, torturados e discriminados por causa de sua fé. Muitos livros foram editados para desmascarar a nossa crença, filósofos decretaram a morte de Deus, teólogos tentaram mudar a interpretação da doutrina cristã para se moldar com o pensamento vigente, leis foram criadas para barrar a propagação do evangelho e assim por diante. Entretanto, tudo isso tem se revelado frágil ante ao poder do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus. Nada mais no mundo recupera mais gente que o cristianismo exposto na Bíblia Sagrada.

3.   Mudança de direção

Em fim, arrependimento implica em uma mudança de direção. O termo arrependimento também significa “voltar de” e “voltar para”. Arrependimento é isso: é abandonar radicalmente o pecado e voltar-se exclusivamente para Deus. O profeta Isaías esclarece esse conceito quando disse: “deixe-o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos, converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, volte-se para o nosso Deus, por que é rico em perdoar” (Is 55.7).

3.1 Uma ilustração de Cristo

Jesus ilustrou essa verdade quando contou a parábola do filho pródigo. O filho pródigo é o retrato do homem pecador e afastado do Pai celestial.  É o próprio filho que toma a decisão de separar-se do pai, pedindo o que por direito era sua herança.

Vivendo independente do pai, sendo dono de seus próprios bens, resolve se afastar ainda mais, viajando para uma estranha e distante terra. Lá passa a ter um modelo de vida pervertido, dissipando todos os seus bens, ao ponto de fica pobre, sem nada. Junto a sua pobreza sobreveio aquele país uma inesperada crise econômica, ao ponto de seus cidadãos passarem fome. A crise nacional e a pobreza daquele jovem foram tão imensas que ele se sujeitou a tomar conta de porcos. De acordo com a Bíblia de Estudo Almeida, apascentar porcos era o trabalho mais desprezível que um judeu poderia imaginar, e mais degradante seria dividir a comida com eles. A miséria e a fome daquele moço chegaram esse ponto, de ter que comer dos alimentos que davam aos porcos, pois ninguém lhe dava nada.

Depois do filho pródigo fica sem nada, ninguém lhe dava nada. Ou seja, primeiro o Diabo lhe ilude, dizendo que você pode viver independentemente e distante de Deus, por meio de seus próprios bens e herança. Em seguida, ele rouba tudo que você tem por meio de um modelo de vida pervertido e dissoluto. Depois de você ficar pobre e na miséria espiritual, emocional, social e financeira, ninguém lhe dar mais nada. Você passar a não ter nenhum valor.

Mas aquele jovem percebendo o seu deplorável estado econômico, social e espiritual, faz uma profunda reflexão que é muito melhor está na casa do pai, vivendo sob o seu domínio, mesmo como servo, que está distante e independente, porém morrendo de fome. O arrependimento, o retorno para Deus, inicia exatamente neste ponto: quando o indivíduo percebe que não há como viver sem Deus. Independente e longe de Deus a vida em todos seus aspectos e dimensões será uma declinação. O homem sempre estará em um estado de degeneração.  

Ao perceber que não haveria como viver longe do pai, aquele jovem toma uma atitude e age imediatamente, voltando para a casa de seu pai, não como filho, mas como um de seus servos. No entanto, o pai amorosamente e cheio de terna compaixão o recebe como seu legítimo filho. Recebeu o filho que estava perdido em festa, vestiu-o com a melhor roupa, simbolizando uma mudança de posição e de vida; pôs-lhe um anel no dedo, restituindo-lhe a autoridade; e calçou-lhe com sandálias, sinalizando que agora, novamente, seu filho era um homem livre.

Para terminar...

É assim que Deus faz quando o ser humano volta-se para Ele. Os seus pecados são perdoados, a sua vida é restaurada e a liberdade reconquistada. Pois Jesus veio nos fazer livre de todo pecado e de toda opressão. Mas para que isso ocorra, o homem precisa ter uma mudança de pensamentos e de atitudes. Ele precisa pensar e viver como Cristo. É necessário ter a mente de Jesus e andar como ele andou. É imperativo andar em direção a Deus.
         
Grande culto de missão da AD no Jequiezinho, em Jequié-BA.


                                         

                                                    o conjunto local louvando a Deus.


                    todos adorando, orando e até chorando por causa do poder da Palavra de Deus

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013






Pastor Pascoal Mithika, do Quênia, na África, pregando na AD do Jequiezinho, em Jequié-BA, na quinta-feira (24/01/2013). na Campanha da Renovação: "Renova os nossos dias como dantes".


A Benção Amaldiçoada

A Benção Amaldiçoada
Atualmente muito se fala de bênçãos. Também se fala de maldição; mas no sentido de desfazê-la, de quebrar. Portanto, benção hoje em dia é um tema extremamente popular. Todos nós falamos de benção. Até o que está errado, equivocado, quebrado, dizemos que é benção, na esperança que aquilo se transforme em benção de fato.
Agora, você já ouviu falar de benção amaldiçoada?
Nunca?!
Pois é; está na Bíblia.
amaldiçoarei as vossas bênçãos” (Ml 2. 2)
O texto completo é assim:
Se o não ouvirdes e se o não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque vós não pondes isso no coração
Isto ai podemos chamar de quebra de benção.
Este juízo foi direcionado para os sacerdotes, líderes espirituais de Israel, responsáveis por oferecerem sacrifícios e serem os intermediários entre Deus e o povo, intercedendo pelas pessoas, levando-as a compreenderem a vontade do Senhor. Paradoxalmente, estes líderes não estavam mais ouvindo a voz do Senhor, pois se encontravam sem ouvidos espirituais. Também não estavam mais honrando nem adorando a Deus. De maneira orgulhosa, eles estavam buscando a própria honra.
Hoje em dia, não é muito diferente. Alguns líderes eclesiásticos, não mais estão ouvindo a voz de Deus e nem procuram honrar ao Senhor. Muitos estão fazendo mais propaganda de seu próprio nome e de seus produtos, que do nome de Jesus e de seu evangelho.
Esta foi a razão de Deus amaldiçoar as bênçãos dos sacerdotes. A benção até veio. Mas como eles deixaram de ouvir a voz de Deus e de honrar o nome do Senhor, a benção se tornou em maldição.
Isto é uma evidência que para continuar desfrutando das bênçãos, não basta recebê-las. O segredo é continuar obedecendo aos mandamentos de Deus e adorando verdadeiramente o seu nome (Dt 28.1,2).
Quando deixamos de assim proceder, as bênçãos podem ser amaldiçoadas pelo próprio Deus da benção.

sábado, 19 de janeiro de 2013

A Cruz de Cristo: O Glorioso Tema da Fé Cristã



O Glorioso Tema da Fé Cristã:
A Cruz de Cristo

STOTT, John, A Cruz de Cristo, 1ª Ed. Editora Vida, São Paulo, 2006.
Para John Stott a Cruz de Cristo é o tema mais glorioso da fé cristã.
É o centro da fé dos evangélicos.
É o marco distintivo da comunidade cristã.
É o domínio do Novo Testamento.
É o centro da história e da fé bíblica.
Ou seja, para ele toda fé do cristianismo gira em torno do Cristo crucificado, que nos substituiu na cruz, levando nossos pecados, morrendo a nossa morte, a fim de que pudéssemos ser restaurados em seu favor e adotados em sua família.
Aliás, a substituição é para Stott o coração do evangelho de Cristo. Ele aceita a idéia que a pergunta básica sobre Jesus, não é porque ele se tornou homem? Mas, por que Jesus morreu?
Só o reconhecimento da centralidade da cruz, já é suficiente para discutir e estudar o tema. No entanto, esse tema tem sido pouco estudado e ás vezes ocupado um espaço secundário em nossas pregações. É tanto assim que a cruz tem pouca popularidade e já perdeu o espaço para outros temas secundários.  Por causa disso, torna-se fundamental e até urgente o seu estudo e pesquisa.
Impelido por essa necessidade, Stott, levando em consideração as obras contemporâneas, a tradição e a Bíblia Sagrada, desenvolve uma profunda pesquisa sobre a morte de Cristo e seu real significado, que expõe em seu livro “A Cruz de Cristo”.   
O livro está dividido em quatro partes. Na primeira ele fala sobre a cruz em si, em seguida trata da satisfação e da substituição. Na terceira parte fala de três temas, a saber: salvação, revelação e vitoria sobre o mal. Na última parte trata das implicações práticas da mensagem da cruz para os cristãos no seu dia-a-dia. Ou seja, o que significa viver sob a cruz.

Pastor Joventino Barros Santana

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


A PIADA DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA IGREJA

Dizem que,
A igreja em Jerusalém era um pequeno grupo de judeus que seguia a Cristo.
Depois Paulo espalhou a igreja pelo mundo.
Ao chegar à Grécia, ela tornou-se uma filosofia. Com pensadores e filosofias.
Quando chegou a Roma, ela tornou-se uma hierarquia. Com diáconos, presbíteros, bispos, e até papa.
Ao chegar aos Estados Unidos, tornou-se uma empresa. Com presidente, vice-presidente, secretários, tesoureiros e filiais, preocupando-se até com lucros financeiros.
Mas ao chegar ao Brasil, tornou-se festa. O povo só vai à igreja quando há movimento e novidade. Por isso que o culto, não basta ser culto, tem que ser o culto da vitória, o culto da benção, o culto da adoração. Isso parece até um contra senso. Pois todo culto deve ser de adoração. E todo culto em si já é uma benção.
AS TRÊS VISÕES NA CEIA DO SENHOR

O famoso texto da Ceia do Senhor, escrito pelo Apóstolo Paulo á Igreja de Deus em Corinto, nos mostra que o olhar daquele que comunga fielmente da mesa do Senhor, é levado em três direções simultaneamente. Pois a Ceia do Senhor proporciona-nos três sublimes visões: retrospectiva, introspectiva e perspectiva. Confira:

Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós, fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para sermos condenados com o mundo. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros (I Cor 11. 23 – 33).

A Visão Retrospectiva na Ceia do Senhor
É um olhar para trás, em direção ao calvário, á cruz de Cristo. Pois na ceia celebramos a sua morte. O pão nos lembra o corpo de Cristo rasgado na cruenta cruz por nós. O Cálice fala do seu sangue derramado para remissão de nossos pecados.
Está escrito que ele pegou o pão, durante a celebração da páscoa, sem fermento, simbolizando a sua vida sem pecado e sem culpa, e apontado para o pão disse: “isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim”. De modo semelhante, ele pegou o cálice e dando graças, distribui entre todos e disse: “bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos”. Paulo ainda acrescenta que Jesus disse: “fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”.
É interessante observar que sempre as pessoas comemoram a data de nascimento de seus heróis. De modo semelhante, se dá entre a nossa família. Nunca comemoramos a morte de algum parente, só celebramos a data natalícia. Mas com Jesus Cristo é diferente, ele nos instrui a comemorar a sua morte e não o seu nascimento.
Isso não quer dizer que o nascimento de Cristo não seja importante, nem que não devamos fazer o natal. Até porque sem nascimento, jamais poderia haver morte. Por outro lado, se ele houvesse nascido, e se não tivesse morrido na cruz, derramado seu inocente sangue, seria impossível a remissão de pecado (Hb 9. 22). Portanto, o ponto central do personagem central do cristianismo é a sua morte.
Uma evidencia clara dessa verdade, é que o nascimento de Cristo é registrado em dois evangelhos ­­­­(Mateus e Lucas), ao passo que a sua morte é registrada por todos quatro evangelistas. João por exemplo, dedica mais da metade de seu evangelho para falar da última semana da vida do Senhor Jesus na terra. Nas epístolas, os apóstolos desenvolvem a doutrina para igreja, não a partir do nascimento, mas a partir da morte de Cristo. Isso, porque eles entenderam que a morte de Cristo era o ponto central da fé cristã.   
Primeiramente, porque na cruz, por meio da morte de Cristo, houve a maior demonstração do amor de Deus pelos pecadores. Paulo disse em Romanos que “Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo ainda pecadores” (Rm 5. 8).
A prova do amor de Deus por nós não é a cura de nossas enfermidades, não é a nossa prosperidade financeira, não é o nosso sucesso, não é o carro novo. Não! Embora ele possa nos abençoar com tudo isso. Mas a maior prova do amor divino é a morte de seu Unigênito Filho na cruz.
O interessante que essa prova não está lá no passado, mas no presente. Está escrito: “Deus prova”. Todas as vezes que participamos da ceia e lembramo-nos da morte de seu Filho, o Senhor está nos dando prova do seu amor.
Em segundo lugar, porque por meio de sua morte, através da cruz, Cristo nos salvou, libertando-nos da ira futura. Paulo ratifica: “logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5. 9). O nosso perdão e a nossa salvação só poderiam ser efetuados por meio da morte de Jesus Cristo no Calvário. Pois a nossa salvação exigia um preço. E o preço era o preço de sangue. Mas não de qualquer sangue. O sangue de animais não servia. O sangue dos homens seria insuficiente para pagar o preço. Por outro lado, Deus como Deus, também não poderia derramar sangue. Pois Deus é espírito e não tem sangue. Então, o próprio Deus, na pessoa de seu Filho se fez carne, se torna homem (Jo 1. 14), e na forma humana, paga o preço necessário da nossa salvação ao próprio Deus. Aleluia!
Então, todas as vezes que participamos da mesa do Senhor, a nossa memória se fixa na cruz, na morte de Cristo. E com lágrimas, sabendo que foi por nossa causa que ele sofreu, celebramos a nossa salvação, o perdão de nossos pecados. 
A Visão Introspectiva na Ceia do Senhor

A segunda visão que a Ceia do Senhor nos proporciona é um olhar introspectivo. Um olhar para dentro de nós mesmos. Uma espécie de sondagem interior para saber como está a nossa vida e nosso coração adiante do Senhor. É um auto-exame, uma reflexão voltada para o nosso interior, proporcionando o conhecimento de si mesmo. Por isso que estimula o apóstolo: “examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim come deste pão e bebe deste cálice” (ICor 11. 28).
Na Ceia não devemos examinar a vida alheia, mas a nossa própria vida. Pois a Ceia do Senhor é também um tribunal, aonde o réu e o juiz é você mesmo. Somos nós que devemos nos julgar a nós mesmo. E quando assim precedemos somos disciplinados, educados e corrigidos pelo Senhor, para evitar a nossa condenação com o mundo.
Agora, esse auto-exame não significa autodisciplina. Há irmão que depois de examinar a si mesmo, e ao perceber que cometeu algum pecado, se auto-exclui da ceia. E ai passa dois, três meses sem participar da comunhão dos santos. Isso é um equívoco. O auto-exame não é autodisciplina. A disciplina deve ser feita pela direção da igreja.
Desse modo, ao descobri que há algum impedimento de participar da Ceia, deve-se procurar a direção da igreja, confessar, e juntos buscar uma solução.  Pois a ordem da Bíblia é examinar a si mesmo para comer do pão e beber do cálice. O exame tem com finalidade e inclusão e exclusão.
A Visão Expectativa na Ceia do Senhor

Terceira e última visão da Ceia é uma visão expectativa. Um olhar para cima. Uma renovação da nossa bendita esperança de ver Cristo pessoalmente, assim como ele é. Pois em breve ele voltará para nos buscar e estaremos sempre com ele. Paulo fala disso e liga a morte de Cristo á sua volta: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha”.
Cristo iniciou seu ministério pelo batismo nas águas e terminou na instituição da Santa Ceia. Mas na Ceia ele nos deu uma expectativa. Ali era o final de seu ministério, mas o inicio de uma imortal esperança. Quando ele terminou de celebrar a primeira Ceia, em memorial a sua morte, que ocorreria logo mais, os discípulos estavam tristes e turbados. Então Jesus lhes deu uma esperança, direcionando seus olhares para cima, dizendo:
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (João 14:1-3)
Todas as vezes que participamos da Ceia, o nosso olhar deve se voltar também para aquele grande e glorioso dia, quando todos nós, lavados e remidos pelo seu sangue, nos assentaremos com ele nas Bodas do Cordeiro. A Ceia que celebramos aqui é um grande ensaio para a gloriosa ceia que teremos com o próprio Jesus Cristo quando ele voltar ( Mt 26. 29).   
Portanto, a Ceia do Senhor, como o memorial que a igreja deve celebrar até a volta de Cristo, tem três grandes finalidades. Primeiramente, manter nosso olhar voltado para trás, para a cruz de Cristo, para seu eterno e insubstituível sacrifício.   Segundo, nos direcionar para dentro de nós, refletindo a nossa vida com ele, acerca de nosso estado espiritual. Terceiro, tem como finalidade renovar a nossa esperança. Pois o retorno de Cristo é certo. Aleluia!

Pr Joventino Barros Santana

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013



Será que temos pregado a mensagem que Jesus ordenou?

E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém (Lc 24.47)


Ultimamente muitas mensagens são pregadas às nações por meio da mídia televisionada, pela internet, pelo rádio, por meio dos livros, revistas, jornais e etc. Alguns pregam uma mensagem de auto-ajuda, outros pregam uma mensagem entrelaçada pelo psicologismo, tem pessoas que defendem a paz propagada pela Organização das Nações Unidas, outros fazem apologia da mensagem do evangelho do socialismo de Gustavo Gutierrez, há gente que pregam o ecumenismo com boa nova aos religiosos das nações.
Mas Jesus ordenou que se pregasse a todas as noções a mensagem do arrependimento para remissão dos pecados.

·         Esta foi a mensagem dos profetas da Antiga Aliança. Isaias falou: “deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, por que é rico em perdoar” (Is 55.7). 

·         Esta foi a mensagem do profeta João Batista: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.1,2).

·         Esta foi a mensagem do Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 4.17).

·         Está Foi a mensagem dos doze discípulos: “chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse.” (Mc 6.7,12 ).

·         Esta foi a mensagem do apóstolo Pedro: Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus de Cristo para remissão de vossos pecados, e receberes o dom do Espírito Santo (At 2.37,38).

·         Esta foi a mensagem do apóstolo dos gentios, Paulo: “Ora, não levou Deus em conta o tempo da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”(At 17.30). 

Assim, podemos afirma que esta é a mensagem missionária que Jesus ordenou que se pregasse a todas as pessoas. Por quê? Por que o arrependimento é uma necessidade indispensável e fundamental para o homem encontrar o perdão de seus pecados e conseguintemente a salvação de sua alma.

Pr Joventino Barros Santana
Bacharel em teologia,
Licenciado em Filosofia e
Graduado em Pedagogia

terça-feira, 8 de janeiro de 2013


 Admirável excelência da união

Há um ditado popular que diz: “um povo unido jamais será vencido”. Este provérbio mostra o valor e a importância da união em uma comunidade. Revela que para alcançarmos os nossos objetivos é preciso união. Pois ela nos faz fortes e vitoriosos.
Jesus, sabendo disso, mostrou a fragilidade da ausência de comunhão ao afirmar que “todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12. 25).
Ou seja, onde não há união, os projetos fracassam, não há sucesso, não há benção, não há alegria, não existe harmonia, não há vitória, e nem unção. No lugar dos projetos, há brigas e contendas. No lugar do sucesso, há decepções. No lugar da vitória, há derrota. As relações são indiferentes e travadas. As pessoas são infelizes, magoadas, rancorosas, emburradas e vingativas.  
Mas quando a união se faz presente, a vitória é certa, a alegria se manifesta, a unção flui, os projetos se concretizam, e o sucesso é inevitável.
Essas verdades são ratificadas, de modo poético, no Salmo 133. Este é um pequeno e grande famoso Salmo. Todas as vezes que se fala de união, unidade, amor fraternal e “koinonia”, a nossa memória nos leva imediatamente ao cântico de salmo 133.
Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce sobre á orla de suas vestes. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre (Sl 133)
Curiosamente este salmo era o cântico preferido dos peregrinos nas grandes festas judaicas em Jerusalém. Eles entravam pelas portas de Jerusalém contando: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. Eles queriam dizer que também faziam parte da família de Deus. Que eram descendentes de Abraão, o pai da fé. Que eram irmãos, iguais, com os mesmos direitos.
Hoje, em dia, nossas igrejas não mais estão excluindo irmãos do rol de membro. No entanto, também, não temos mais a preocupação de integrar as pessoas na igreja.  Não estamos nem ai para quem se converte ao evangelho ou para aqueles que se ausentam dos nossos cultos. Estamos vivendo a maldita cultura do “Deus por todos e cada um por si mesmo”.
Mas o Salmo 133, paradoxalmente, nos mostra a admirável excelência da união.
Primeiramente, a união é excelente porque é boa e deixa o nosso viver diário suave, leve e agradável. Simplesmente, porque o amor entre os irmãos tem sua origem no próprio Deus.  O Deus trino é o supremo modelo de unidade. Por isso que quando Jesus fez a linda oração sacerdotal em João 17, ele intercedeu pelos discípulos e por todos que haveriam de crer nele, para que fossem um, assim como ele e Pai é um. Ele intercedeu para que seu povo, embora formado por diferentes pessoas, fosse perfeito em unidade. Jesus não pede pela nossa perfeição pessoal, mas pela nossa perfeição coletiva. A sua oração é que sejamos perfeitos em união. Confira o texto abaixo:
Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como tens amado a mim (Jô 17.20 -23).
Portanto, a união entre o povo de Deus, não é uma questão de opção, ou de interesses pessoais e temporais. Não. A unidade do povo de Deus é uma questão de existência e de vida. Sem unidade, jamais se pode ser membro do corpo vivo de Cristo, que é a igreja de Deus. Pois a igreja, assim como um corpo, é formada de membros, que estão ligados uns aos outros.
A união é excelente, também, porque confere unção. O salmista afirma que é como óleo precioso sobre a cabeça, que desce a barba de Arão, que desce para orla de seus vestidos.
O óleo usado pelos antigos judeus era geralmente dos frutos da oliveira. Os frutos eram tirados sacudindo ou batendo com vara na árvore. Depois, para extrair o óleo das azeitonas, pisavam nos frutos ou prensavam com pedras. Se você é ungido ou deseja receber unção se prepara para ser sacudido a até apanhar. Prepara-se para ser pisado e possivelmente prensado com pedras. Quem tem medo de ser perseguido, não queira unção. Porque com certeza se você tiver azeite em tua vida, vão te sacudir, vão te bater, vão criticar você, vão tentar pisar em você, e não surpreenda, se em algum momento, conseguir te humilhar, te abater, de deixar para baixo. Mas eu tenho algo a te dizer: mil cairão ao teu lado, dez mil a tua direta, mas tu não serás vencido. Quando acharem que estão te matando, Deus já preparou algo melhor para você. Pois Ele é especialista em exaltar e honrar os que são humilhados.   Aleluia!
Porque óleo precioso? Porque o óleo usado para ungir os sacerdotes não era óleo comum. Era um óleo perfumado com caros perfumes. Não fomos ungidos com qualquer espírito. Fomos ungidos com o bendito consolador, com Espírito Santo, vindo diretamente do trono de Deus. Quem tem essa unção tem um perfume agradável, tem o cheiro de Cristo em suas vidas. Porque o Espírito que nos ungiu é o Espírito de Cristo, é o mesmo Espírito que estava sobre Jesus, guiando sua vida aqui na terra.
Outra coisa interessante, ainda ligada à relação unidade e unção, é que a unção do Espírito Santo em nossas vidas é completa, plena. Envolve a cabeça, troco e pés. Ela está sobre nossas cabeças, desce pelos nossos rostos até a orla de nossos vestidos.  A unção de Deus não é incompleta. Não existe meio ungido. Ou você é ungido ou não tem unção. Ou vive é união ou está fora do corpo de Cristo.
Por fim, essa união tem um centro. Arão era a pessoa central do culto dos judeus. Todos deveriam estar em torno dele. Cristo é o nosso grande sumo sacerdote. A igreja não deve está unida em torno do nome de um pastor, ela deve está unida em torno do supremo nome de Jesus Cristo. Ele é tudo em nossa vida. Toda glória é dele e ponto final. Agora, a igreja deve está unida com o seu pastor, olhando para Cristo.
Em terceiro lugar, a união é admirável e excelente porque fertiliza. O salmo 133 ainda compara a união do povo de Deus como orvalho do monte Hermom, que desce sobre os montes de Sião, fertilizando a terra.
Hoje em dias as pessoas costumam comprar fertilizante, para fazer a semente geminar e produzir com mais abundância. O fertilizante de Deus para a sua igreja, que, para o apóstolo Paulo, é lavoura de Deus, pode muito bem ser denominado de fertilizante união.
Esse fertilizante é tão bom, que é comparado como o orvalho do monte Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Hermom é uma montanha sagrada, formada por três picos, com 2. 900 metros de altitude, 32 kms de comprimento. É a montanha mais alta da Palestina. Coberta de neve o ano todo. No verão, a neve derrete, descendo sobre os montes, formando o manancial do famoso Rio Jordão, fertilizando a terra. Em cima, no monte, não se produz quase nada. Mas em baixo, quase tudo que se planta dá. Aí, aprende-se que a união não nos deixa estéril. Ela nos faz fértil e frutífero na obra de Deus. Aliás, Deus nos escolheu com esse fim. Deus nos escolheu para frutificar. Por isso que Jesus disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vais e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda” (Jo 15. 16).  
Agora, qual a gênese dessa união?
 Qual a sua verdadeira origem?
 De onde ela vem?
 Dos programas sociais da igreja? Não.
Das festas? Não.
Do pastor? Não.
Essa união vem de cima. Observa que o verbo desce, é repetido por três vezes. Isso mostra que a verdadeira unidade, vem de cima, vem de Deus para as nossas vidas.   
Chegando a última frase do Salmo: “ali ordena o Senhor a sua benção e há vida para sempre”, cabe interrogar: Qual o resultado final dessa união que é boa e agradável, que é como óleo precioso, que é como o orvalho dos montes de Hermom? O resultado final é muita benção e vida perene, vida longa e abundante.

Pr. Joventino Barros Santana