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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Salmo 90: A eternidade de Deus e a transitoriedade humana



Salmo 90:
A eternidade de Deus e a transitoriedade humana

Resultado de imagem para glória e homemO salmo 90 marca o início do quarto livro dos salmos. Este é o salmo mais antigo da Bíblia. É uma composição mosaica. Moisés, no fim de sua vida, compõe essa canção em forma de oração. Curiosamente, este é o único salmo atribuído a ele. Nele, Moisés canta a brevidade e a temporalidade da vida humana em contraste com o poder e a eternidade de Deus. Deus é infinitamente superior ao ser humano. Ele é superior a todas as suas criaturas. Por isso que ele é soberano. Todo domínio está em suas mãos. Toda glória é dele. Tudo lhe pertence (Sl 24. 1; Rm 11. 36). 
No salmo 90 aprendo que posso orar cantando. Os louvores podem ser também uma oração. E Moisés por ser um homem de oração, orou enquanto cantava. Carlos Spurgion escrevendo acerca do autor desse salmo disse: “Moisés era homem de Deus e de Deus um homem, escolhido por Deus, inspirado por Deus, honrado por Deus e fiel em toda sua casa”. Isso por que ele tinha uma característica comum aos homens de Deus ­­­­­– ele sabia orar! A oração é a marca dos homens e das mulheres de Deus que influenciaram o mundo. No entanto, falamos de oração, mas não oramos quase nada. Os nossos joelhos não têm mais calo, os nossos olhos não têm mais lágrimas, o nosso coração não tem mais calor, não sabemos mais suplicar e nem lamentar adiante de Deus. Estamos perdendo o hábito de falar com Deus. Leonard Ravenhill falando sobre o poder da oração escreve: “é possível alguém pregar e ainda assim se perder, mas é impossível alguém orar e perecer”. E conclui dizendo: “temos que orar se não pereceremos”. 
Pois bem, Moisés inicia sua oração em forma de canção se dirigindo diretamente a Deus dizendo: “SENHOR, tu tens sido nosso refúgio, de geração em geração”. Deus é a nossa segurança, Ele é a nossa proteção, o nosso ponto de apoio para a eternidade. Pois refúgio fala de abrigo para os fugitivos. Adiante da fragilidade da vida humana, o ser humano só tem um lugar para se refugiar, este lugar é o próprio Deus. Ele é o teu abrigo, teu lugar seguro, teu escudo, tua proteção, tua esperança. Com Deus a nossa temporalidade é transformada em eternidade, nossa fraqueza em fortaleza, nosso desespero em esperança, nossa tristeza em alegria, nossa insignificância em preciosidade, nossa ignorância em sabedoria.
Mas Deus não é o refúgio apenas de Moisés ou de uma geração, ele é nosso refúgio de geração a geração. Por quê? Porque Deus é eterno. O verso 2 responde: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formaste a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Aqui aprendemos que Deus é preexistente. Antes que tudo surgisse Deus era. Pois Deus é antes de tudo. E tudo que existe é uma consequência do ato criativo consciente e inteligente de Deus. Nada do que existe, existe por si mesmo ou por um acaso. A criação é resultado de uma ação deliberativa e inteligente de Deus. Ele é antes de tudo e tudo foi formado por Ele. João escreveu: “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Reconhecendo isso Paulo canta: “porque dele e por ele e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”. (Rm 12. 36). 
Deus é. De eternidade a eternidade ele é mesmo. Ele não muda. Deus nunca deixará ser o que é. Ele nunca será “um será” ou “já foi”. “Ele sempre é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb 13. 8). Por isso que Ele foi o refúgio de Moisés e de tantos outros, mas também é o meu e o teu refúgio. 
Tudo está sob o domínio dele, inclusive o homem e a mulher, o verso 3 diz: “tu reduzes o homem a destruição. E dizes: volte, filhos dos homens”. Aqui começa a demonstrar a disparidade entre Deus e os homens. Deus é eterno, o homem finito; Deus é o criador de todas as coisas; o homem uma das criaturas de Deus. Deus existe por si mesmo, o homem consequência do ato deliberativo e criativo de Deus. Deus não morre, a vida humana está nas mãos de Deus. Neste versículo também aprendemos que do ponto de vista divino a morte é uma volta à convite do próprio Deus. “Volte, filhos dos homens”. Este convite é irresistível. Quando Deus chama nada segura, nem dinheiro, nem poder, nem fama, nem posição. Todos, sem exceção, têm esse convite consigo, com data e hora marca. Lhe pergunto: você está preparado para esse dia?
O homem deve estar preparado e refugiado em Deus, pois sua vida é muito curta. Ele passa rápido demais e mesmo que o homem vivesse mil anos, ainda seria pouco adiante da eternidade de Deus. Seria como uma vigília da noite. Observe o que verso 4 diz: “porque mil anos são aos teus olhos como um dia de ontem que passou, como a vigília da noite”. Por mais que vivemos, vida é um pequeno momento. Ela é comparada no Salmo como:
• É como dia de ontem...
• É como a vigília da noite...
• É como água que corre...
• É como um sono...
• É como erva que cresce de madruga, floresce ao meio dia e seca ao entardecer.
• É como um conto ligeiro. A história de um homem depois de muitos anos vivido pode ser narrada é um pequeno conto poético. 
Moisés conclui dizendo que a média de vida dos homens é de setenta anos. Essa média ainda permanece até aos dias de hoje. É bem verdade que alguns países as pessoas chegam aproximadamente aos 100 anos. No entanto, em outros lugares, alguns não chegam aos 40 anos. Portanto, a média de vida mundialmente falando, permanece entre os setenta anos. 
Mas porque o ser humano vive tão pouco tempo?
Por causa do pecado. O verso 7 diz: “pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados”. O pecado provoca a ira de Deus. Deus não aceita o pecado, e por causa disso os homens sofrem e reduzem cada dia a sua vida. A própria morte é uma consequência do pecado. As doenças são consequências do pecado. A brevidade da vida também é consequência do pecado.
E o pecado não está oculto adiante de Deus: “diante de ti puseste a nossa iniquidade; os nossos pecados ocultos, a luz do teu rosto”. Adiante da luz da glória do rosto de Deus os pecados ocultos são expostos, são revelados, nada está oculto para Deus. Alguém pode esconder do irmão, do ministro, mas nada está escondido para Deus. Deus conhece o secreto e o íntimo dos seres humanos. 
Consciente da transitoriedade, fragilidade e pecaminosidade do homem em disparidade com a eternidade, onisciência e santidade de Deus, Moisés roga:

1)    “Ensina-nos a conta nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”. Moisés pede ao próprio Deus para ser o seu professor. Para ensinar-lhe a refletir acerca da vida, usando a própria vida, a própria experiência. Contar os dias significa aproveitar os dias o máximo possível, a fim de alcançar coração sábio. Uma das coisas que devemos desejar é a sabedoria.

2)    Volte-te para nós, Senhor”. Não nos deixe. Sabemos que pecamos contra ti, sabemos que o pecado afasta o Senhor de nós. Mas nos perdoe. Volte para nós. Moisés era louco pela presença de Deus. Assim como Moisés não podemos abrir mão da presença gloriosa de Deus.

3)    Aplaca-te para os teus servos”. Eu sei que o pecado provoca a tua a ira, mas tenha misericórdia. Aplaca-te. Perdoe-nos. Somos dependentes do perdão de Deus.

4)    Sacia-nos com a tua benignidade”. O homem tem sede de Deus. Só Deus pode saciar a sede humana. Só Deus pode preencher o vazio da alma.

5)    Alegra-nos em nossos dias”, apesar do mal, da aflição... Estamos sujeitos às aflições mesmo sendo servo de Deus. Moisés reconhece que as tribulações e as calamidades da vida tem origem no próprio Deus. Para a Teologia dos dias de Moisés tudo vinha de Deus, até mesmo as aflições e o sofrimento. No entanto, mesmo com o sofrimento e com as decepções ele pede – alegra-nos. As tempestades da vida não são impedimentos para Deus nos alegrar.

6)    Manifeste a tua gloria sobre os teus filhos”. Isaías ouviu os anjos cantando: "toda a terra está cheia da tua glória". A glória de Deus está sobre os filhos e sobre as filhas de Deus em toda a terra. E essa glória é nome de Jesus e seu Espirito ardendo em chamas em nosso coração.  

7)    Seja sobre nós a tua graça”. A graça de Deus é razão da nossa esperança salvadora. Paulo escreveu que a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2. 11). A graça de Deus nos basta. Ela preenche as nossas necessidades em Deus.

8)    “Confirma as obras de nossas mãos”. Podemos até trabalhar muito, mas para prosperar precisamos da benção de Deus. Salomão escreveu que o cavalo e cavaleiro se preparam para a batalha mais a vitória vem do Senhor. Se o Senhor não confirmar, nosso esforço para nada serve.

Amém.
Deus é eterno e o homem mortal. Mas por meio de Cristo, é possível nossa mortalidade se revestir de imortalidade, alcançando a vida eterna em Deus.

Pastor Joventino B. Santana.

domingo, 26 de outubro de 2014

Cinco marcas de um líder de influencia



(Resumo do 41º capítulo de Excelência do Ministério)

Os grandes líderes costumam fazer perguntas tais como: o que posso fazer por você? O que podemos fazer juntos? Como isso pode ajudar a nós dois?  O que aprendemos juntos? Isso por que os melhores lideres exibem a virtude chamada de humildade raramente encontrada. Segundo Stan Toller os líderes de influência tem cinco grandes marcas, as quais são:
I –Líderes de influência não se importam com quem recebe o crédito contanto que o trabalho seja feito.  Para eles as ações tem mais importância que os louvores. A consumação dos projetos estão acima dos elogios. E não se importam para quem vai o elogio, o importante é a realização da obra. Eles não preocupam em ser o centro das atenções, o que querem é a contribuição e o sucesso da equipe.  
II – líderes de influência estão disposto a colocar a missão acima de projetos pessoais. Eles tem prazer em doar a vida por algo que julgam que vale a pena. Estão dispostos a renunciar seus interesses e até sonhos a favor do bem comum e do cumprimento da missão. Sabem que o que fazem como indivíduos é muito menos importante do que o que pode realizar com os outros e pelos outros.
III – Líderes de influência estão prontos para perdoar. Os líderes muitas vezes são incompreendidos e não raras vezes insultados injustamente. No entanto eles precisam desenvolver a capacidade de perdoar, de esquecer e construir com as pedras um alicerce forte para avançar na composição do edifício da sua missão. Com diz Stan: pequenas pessoas guardam rancor; grandes pessoas perdoa e esquecem. Pequenas pessoas alimentam insultos; grandes pessoas distribuem esperança; pequenas pessoas procuram vingar, grandes pessoas sabem perdoar. Perdoe e viva mais feliz e proativo.  
IV – Líderes de influência são motivados pela realização dos outros. Os líderes de influência não tem dificuldade de parabenizar os outros pelo seu sucesso. Não tem dificuldade de aplaudir as realizações das pessoas. Aliás, sempre estão prontos para motivar, incentivar e ajudar as pessoas alcançarem seus objetivos.  
V – Líderes de influência reconhecem o mérito dos outros.   Eles são conscientes que não sabem tudo. Percebem que o sucesso depende da contribuição dos outros. Por isso reconhecem os méritos dos outros e usa esse reconhecimento como meio de motivação.
Pastor Joventino Barros Santana