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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

PORQUE SOU CONTRA O ABORTO? UMA APOLOGIA PRÓ-VIDA

Porque sou contra o aborto? Uma apologia pró-vida

Sem rodeios: Sou contra o aborto por que ele é um homicídio. É uma vida que está sendo ceifada, assassinada dentro do útero materno. A vida inicia desde momento da concepção. A célula-ovo já é uma vida humana. Pois de acordo com a própria ciência embrionária a vida é um continuum que vai desde do zigoto até ao velho, terminando com a morte.  E um tipo de assassinato brutal e cruel, porque é contra indefesos e inocentes. É uma pena de morte imposta pelo mais forte sobre o mais fraco, sobre o indefeso. O feto ou embrião está ali no útero, no ventre, porque ele necessita de defesa, de amparo e de proteção. A mulher foi formada com esse potencial de proteger em seu ventre o novo ser. Quem, de acordo com as leis naturais e biológicas, deveria defender, é quem mata. Isso é monstruoso, cruel e irracional; portanto inaceitável.  Pois “o aborto é um crime, em nada difere de um homicídio” (ANDRADE 2007, p. 24).

Os defensores do aborto evitam usar esses termos e criaram outras expressões, tais como: “interrupção voluntária da gravidez”, “direito de decidir”, “direito a saúde reprodutiva”, para encobrir a natureza criminal do aborto. Mas nenhum desses artifícios de linguagem são capazes de ocultar o fato que o aborto provocado é um infanticídio.  

O argumento que o aborto legal, coberto pelo sistema público de saúde, realizado por profissionais especialistas é seguro, não é verdade. Pois o aborto provoca a morte de um novo ser humano em pleno desenvolvimento (feto ou embrião) sem nenhum direito ou possibilidade de defesa. E a boa ética nos ensina que sempre o mais forte deve defender o mais fraco. O bebê que está no ventre deve ser defendido e sua vida preservada com amor e carinho.

A defesa que o embrião só sente dor depois da 26ª semana para justificar o aborto é fraca demais. Pois se assim fosse, não seria crime matar pessoas que sofrem de doenças que provocam a perda da sensação de dor. Por outro lado, a ciência ainda não tem um consenso comum acerca do assunto. Alguns defendem que a criança só começa a sentir dor a partir da quinta semana de gestação, quando o hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex cerebral se forma. Outros pensam que é a partir da sétima semana, quando surgem os receptores da dor na pele. E há aqueles que acham que a criança só sente dor depois do nascimento. Mas independentemente do momento que a criança começa sentir dor, o aborto é um crime contra a vida, contra um ser humano. O que está dentro do ventre materno, não é outro ser se não um ser humano.  

De acordo com o grande teólogo brasileiro, Claudionor de Andrade, é um quebrantamento da santidade da vida, ferindo um dos mais valiosos princípios da Palavra de Deus: “não matarás” (Ex 20. 13). Esse é o mandamento de Deus: “não matarás”. A vida emana do próprio Deus, é Deus que dá a vida, e, portanto devemos defender a vida e não morte.

Os defensores da pró escolha, do direito da mulher interromper a gravidez, dizem que crianças indesejadas tem um nível de felicidade inferior ás outras crianças desejadas, incluindo diversos problemas de saúde, econômicos, físicos, educacionais, familiares, psicológicos e cognitivos. Porém, mesmo que houvesse essa relação entre crianças desejadas e não desejadas, não se pode fazer uma relação científica honesta com as que foram abortadas, pois não estão vivas. Não há como verificar comparavelmente uma situação de vida com uma situação de morte. Pois não se pode afirmar que uma situação de vida ruim seja pior que a morte. Portanto o aborto não é a saída. Não é a solução para crianças não planejadas. Elas, igualmente como qualquer criança, devem ser amadas, defendidas e amparadas pela família e pela sociedade.

No lugar de promover uma política a favor do aborto, em nome de uma suposta dignidade da mulher e da infelicidade de criança indesejadas, deve-se ampliar o conjunto de ações educativas relacionado ao planejamento familiar[1] e facilitar o acesso aos meios contraceptivos[2], promovendo dessa forma o bem estar social, emocional e espiritual das famílias e de todas as crianças.

O caminho não é o aborto, o caminho é o amor. É amor posto em ação. É o amor sem preconceito. O amor pelo próximo. O amor por quem ainda não nasceu. Por quem está no ventre e precisa de proteção. Proteção materna, proteção de todos nós.


Pastor Joventino Barros Santana 



[1] Planejamento familiar é o conjunto de ações que tem como objetivo contribuir para saúde da mulher e da criança, permitindo as famílias escolheres quantos filhos querem ter, quando e o espaçamento do nascimento de um para o outro.
[2]Contraceptivos são os dispositivos naturais e artificias, desde aos métodos mais simples como a abstinência sexual no período fértil da mulher, passando pelos medicamentos, até as cirurgias de ligaduras de tropas ou vasectomia.  

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