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segunda-feira, 9 de maio de 2016

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES

Após a prisão de Satanás e a derrota final do Anticristo no Armagedom, será efetuado na terra o grande Julgamento das Nações. Num período não muito cômodo da história da humanidade, coincidentemente ao fim do período da Grande Tribulação. Esse julgamento se dará quando Cristo vier com a Igreja em glória para estabelecer Seu reinado.
“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mt 25.31-32).
Será um julgamento para as nações, ou seja, do restante dos povos de todas as Nações que não morreram na Grande Tribulação, mas que receberam a marca da besta (Anticristo), e não creram no evangelho, e nem se arrependeram dos pecados.
Em Mateus 25 Jesus revelou que na Sua vinda em glória, com todos os santos anjos, as nações reunidas diante d’Ele serão assim divididas: nações-ovelhas (os justos) ficarão à sua direita; as nações-bodes (os ímpios) à esquerda; e os “irmãos”, que devem ser o povo judeu, irmãos de Jesus segundo a carne. Os justos irão para a vida eterna; os ímpios para o castigo eterno (Mt 25.31-46). Estarão ali, também, as nações que não se aliaram ao Anticristo e que sempre reconheceram Israel como a herança de Deus. A essência desse juízo é o julgamento dos opressores do povo judeu (Jl 3.2; Gn 13.3; Zc 12.3).
Tem havido entre os estudiosos da Bíblia interpretações discordantes quanto ao julgamento das nações de que Jesus fala em Mateus. Uns creem que este juízo associa-se ao “Juízo Final” de Apocalipse 20.11-15 e Mateus 25.31-46, sendo este apenas uma continuação daquele. Todavia, há diferenças entre um e outro julgamento, ou seja, entre o julgamento das nações e o do Grande Trono Branco. Vejamos, porém as diferenças entre eles:
Mateus é um julgamento dos vivos; Apocalipse é um julgamento dos mortos. O julgamento de Mateus acontecerá antes do milênio e Apocalipse depois do milênio. O julgamento de Mateus será na terra, porém, Apocalipse será no espaço. Em Mateus Jesus fala de grupos, a saber: ovelhas, bodes e irmãos presente. Apocalipse só os perdidos. Em Mateus, será um julgamento coletivo. Apocalipse será um julgamento individual. Em Mateus sem ressurreição exceto dos mártires da grande tribulação. Em Apocalipse após a segunda ressurreição.
Esse primeiro julgamento de Mateus 25.31-46 objetiva selecionar as nações que ingressarão no Milênio, ou seja, as que farão parte no reino milenar de Cristo. Vejam: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o REINO que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). O segundo julgamento de apocalipse 20.11-15, será um julgamento para pôr fim toda a maldade do universo e estabelecer o Estado Eterno.
Neste julgamento, serão separados os judeus e os gentios não salvos (ovelhas e bodes, segundo Mt 25.33). Jesus destruirá os bodes com Sua espada (Ap 19.19-21): “reis da terra e seus exércitos” são os bodes referidos em Mateus. Serão colocados pelo Senhor Jesus à sua esquerda, e lançados para o fogo eterno. As “ovelhas” representam uma classe de nações e os “cabritos” representam outra classe. Os “irmãos” de Jesus (segundo a carne), na opinião de eruditos, são os judeus. A base do julgamento será então a maneira pela qual essas nações trataram Israel. (Mt 10.6; Jo 1.11; Rm 9.5). O propósito é determinar quem entrará no Reino de Deus (Dn 7.9-14-22; Ap 11.15) e a dar aos mansos a terra como prometido (Sl 37.11; Mt 5.5). Este princípio de relações divinas com as nações foi estabelecido há muitos séculos passados, na ocasião do pacto com Abraão; “abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gn 12.1-3). Essa promessa refere-se não somente a Abraão. Como também à sua posteridade.
Os judeus rejeitaram ao Senhor quando veio ao mundo como profeta (Jo 1.11-12). Porém, mediante a promessa feita, o Senhor resolveu salvar a Israel considerado o irmão do filho pródigo, que não quis participar da festa do Pai (Lc 15.25-32). Nesse dia Israel vai entrar para festa do Reino, porque reinará com o Senhor por MIL ANOS na Terra. Para o povo judeu será um grande e aguardado momento, quando o Senhor cumprirá Sua promessa de reino eterno, feita a Abraão, e confirmada a Davi. A promessa diz que nunca faltaria sucessor em seu trono.
O remanescente de Israel será então recongregado de entre as nações em toda terra e o reino milenial de Cristo terá início, em que Israel será “a cabeça” e não a “cauda” entre as nações. O resto das nações (as ovelhas), reconheceram a Deus e ao lado do povo israelita honrarão ao Senhor (Zc 14.16). Aqui também se cumpre o sonho dado a Nabucodonosor em sua íntegra, onde os pés de ferro e barro são esmiuçados, cumprindo-se espetacularmente mais uma profecia. Notemos, de maneira abreviada, o que será realizada por ocasião da revelação do Senhor, que será Sua atuação executiva nesse julgamento:
§  O julgamento das nações ocorrerá por ocasião da segunda vinda de Jesus, que será em esplendor e majestade, acompanhada por todos os santos e anjos.
§  Assentar-se-á como Rei e Juiz, em glória e poder.
§  Todas nações comparecerão perante Jesus.
§  Naturalmente, conforme já notamos, a salvação do povo de Israel será uma prioridade máxima, uma vez que esse país já terá retornado no plano divino. O evento do retorno do Senhor resultará na volta do povo judeu ao Seu Deus, em tristeza e arrependimento.
§  Nesse julgamento vai se cumprir que o Senhor orou na oração do Pai Nosso (Mt 6.10) - “Venha a nós o Teu Reino”.
§  Finalizando, a vinda gloriosa de Cristo resultará no estabelecimento de um reino mundial de retidão, chamado de milênio ou reino milenar (mil anos de justiça e paz sobre a terra). Este governo de Cristo será mundial e ainda antes do Juízo Final.


Pr. Elias Ribas

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