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segunda-feira, 18 de março de 2013

NÃO É VERDADE, ELE NÃO RENUNCIOU




Ele não renunciou
Os católicos do mundo ficaram perplexos e surpresos com a renúncia de seu líder maior, o papa Bento XVI. Há seis séculos que isso não ocorria. O último papa a abdicar de seu posto foi Gregório XII, em 1415, durante o Grande Cisma do Ocidente. Os outros que renunciaram foram Celestino V, em 1294,e são Ponciano, em 235.
Mas, depois de 598 anos, em 11 de fevereiro, Joseph A. Ratzinger pegou todo mundo de surpresa, ao anunciar que, em 28 de fevereiro do ano em curso, abdicaria de seu ministério como papa. Ele alegou que neste mundo de agitações e de aceleradas mudanças relevantes para vida e para fé, ele já se encontrava sem vigor físico e espiritual, imposto pela sua avançada idade. Por causa disso, ele entendeu que deveria abdicar de seu ministério, para que outro, com mais força e mais novo, assumisse a posição de Sumo Pontífice. 
Com Cristo, o nosso Grande Sumo Sacerdote, jamais ocorrerá isso. Pois ele não fica velho e nem perde a força. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). Ele tem poder nos céus e na terra (Mt 28. 18). E o seu poder é de geração a geração, para toda a eternidade (Sl 100. 5). Por isso que ninguém o pode substituir. Ele vive eternamente e será eternamente a cabeça da igreja e sua pedra fundamental (Ef 5. 23; Mt 16. 18).
Porém, segundo alguns críticos, o papa não renunciou por causa da idade, até pelo fato que o papa é eleito para morrer sendo papa.   Ele renunciou devido às pressões externas, constituídas de forças laicistas, grupos feministas, grupos gays e pró-abortistas. Ele também sofreu ataques internos de críticos liberais de dentro da própria igreja, que não concordam com as posições e afirmações conservadoras de Ratzinger. Pois, de fato, ele se manifestou publicamente contra o aborto, contra a eutanásia, contra a união cível de pessoas do mesmo sexo, contra o ato sexual fora casamento, contra a ordenação de mulheres, e manteve sua posição contrária ás interpretações liberais da teologia da libertação. Em relação ao homossexualismo ele afirmou que é um desvio de objetivo, uma tendência que vem de um mal moral intrínseco. Mas o certo é que o papa Bento XVI não resistiu às pressões, quer interna ou externa, e abdicou de sua função, com o argumento de que é para o bem da igreja. 
Mas ele, Jesus Cristo de Nazaré, apesar de todas as pressões, traições e tentações, não renunciou sua missão de morrer por nós na cruz, em nosso lugar, para nos dá gratuitamente a vida eterna.
Ele tinha todas as razões para abdicar de cada um de nós. Pois fomos nós que nos desviamos do alvo divino. Fomos nós que pecamos e nos rebelamos contra Deus. Como disse o próprio Ratzinger: “todos nós somos pecadores”. Contudo ele nos amou de tal maneira, ao ponto de doar sua vida por nós (Jo 3. 16).
Por causa de sua grande e eterna misericórdia ele não renunciou a cruz. Se ele tivesse abdicado da cruz, todos estaríamos irremediavelmente perdidos, diretamente condenados ao inferno.
Na cruz foi revelado tanto o grande amor de Deus a favor dos pecadores, quanto a justa ira contra o pecado. Cristo, na cruz, por amor a nós, estava levando sobre si a punição de nossos pecados. Pois o perdão de Deus não um deixa prá lá, um faz de conta. Por isso que Deus não nos poderia salvar sem a punição. Quando a lei divina é quebrada se exige pena. Agora, o problema era que nós não tínhamos condição de pagar essa punição. Então, o que fez Deus? Ele mesmo resolve pagar a punição em nosso lugar na pessoa humanizada de seu Filho. Jesus foi até ao lugar da punição de Deus contra o pecado e sofreu as nossas dores. É o que escreve o profeta Isaias:  
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputarmos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados (Is 53. 4,5).
Por algumas vezes o Diabo tentou induzir a Cristo a renunciar a ideia de morrer pela salvação dos homens. No deserto o inimigo chegou mentirosamente a oferecer os reinos do mundo para Cristo, se desistisse da cruz. Em outra ocasião, depois de Jesus falar com os seus discípulos da necessidade de ir a Jerusalém e sofrer nas mãos dos principais dos sacerdotes e ser morto, o Diabo tentou persuadi a Cristo a desistir. Mas Jesus não aceitou e seguiu avante.
No Jardim Getsêmani ele também poderia ter renunciado a cruz. Ali a pressão espiritual e emocional foi tão forte ao ponto de seu suor se tornar em gotas de sangue. Ele chegou a orar dizendo: “meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”.
Mas ele não desistiu e voluntariamente se entregou aos saldados. Ele resistiu a traição de Judas, o abandono dos seus discípulos, os insultos e as agressões dos saldados, o interrogatório das autoridades religiosas e políticas, e por fim a fúria da multidão, que insistia, mesmo não tendo do que acusar, em condená-lo a morte de cruz.
E ele, como cordeiro mudo, aceitou a cruz mesmo sabendo que não era sua. Ele resistiu a coroa de espinhos, os cravos nas mãos e nos pés e, por último, a lança em seu lado direito, que atingiu seu coração.
Mesmo adiante de tudo isso, de toda pressão e sofrimento, tanto físico, quanto moral, emocional e até espiritual, ele não renunciou. E, por ele não ter renunciado é que cada pessoa pode ter convicção que nele é possível encontrar refrigério, salvação e graça.  
Pr Joventino B. Santna

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