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quinta-feira, 22 de maio de 2014

COMO RECONQUISTAR OS AFASTADOS DO EVANGELHO


O capítulo 15 de Lucas é denominado popularmente de “o capítulo dos bens perdidos e achados. Nele se encontra uma ovelha perdida no campo que foi encontrada pelo seu pastor e trazida de volta ao aprisco; uma dracma perdida em casa que foi encontra pela dona; um filho que abandonou a casa e depois de muito tempo foi recebido pelo pai com festa.   
Certo teólogo também disse que esse capítulo poderia muito bem ser chamado de o capítulo dos quatro verbos: perder, procurar, encontrar e regozijar-se.  O famoso escritor britânico Herbert Locklear disse que esse é o capítulo da parábola com três figuras: uma ovelha, uma dracma e dois filhos; e uma verdade central: o homem sem Deus está irremediavelmente perdido.
De um modo geral essa parábola fala de todos os pecadores. Pois todos pecaram e estão separados e distantes de Deus. As pessoas sem Cristo e distantes do evangelho estão perdidas (Rm 3. 23)
Mas essa parábola também pode ser aplicada àqueles que estavam entre nós, que já foram crentes, que experimentaram da graça de Deus, e que até já pregaram esse evangelho, mas que agora estão distantes do aprisco do Senhor. São como ovelhas perdidas pelos campos, vulneráveis aos ataques dos leões. São como dracmas perdidas dentro de casa, que mesmo estando próximas das pessoas que servem a Deus, mesmo fazendo parte da família, estão perdidas e precisam ser encontradas.
Assim como o pastor buscou como amor e ternura a ovelha perdida. Deus também ama ternamente as pessoas que se afastaram do seu aprisco. O seu desejo é que elas sejam reencontradas e reintegradas ao seu rebanho. Pois todo salvo está na igreja. Quem está fora do rebanho é sinal que está perdido.
Da forma como a mulher buscou com diligencia e cuidado a dracma perdida, também devemos nos esforçar e buscar aqueles que se perderam, que estão afastados de Deus. Ás vezes nos preocupamos com os de fora e esquecemos que muitos dos nossos estão longe de Deus.
Semelhante ao pai do filho pródigo estava de abraços abertos esperando seu filho retornar. Também devemos estar prontos para receber àqueles que se afastaram da casa de Deus e agora querem regressar.

Mas como reconquistar os que se afastaram do aprisco do bom pastor?
Como trazê-los de volta?

Primeiramente é necessário valorizar cada pessoa individualmente e não apenas a coletividade.
Em meio à multidão, Deus lhe conhece pelo nome. Para Deus não há ânimo. Ele sabe quem você é e lhe compreende. Assim também devemos ser. Aquele pastor tinha praticamente todo o rebanho. Entre as 100 ovelhas, só havia perdido uma. Apenas uma! Mas ele fez questão de buscar aquela ovelha perdida. Ele foi pelos vales e montes, sujeito aos perigos, calor e frio, mas procurou até encontrá-la. E encontrando, ele a colocou sobre seus ombros, trouxe de volta e a reintegrou ao rebanho. Ele não desistiu daquela ovelha. É o que devemos fazer em relação às ovelhas que se afastaram do nosso meio. Devemos buscá-las com amor, se possível trazer nos ombros.
Trazer nos ombros fala de esforço, fala de peso. Para trazer os que se afastaram é preciso esforço. Pois alguém que se desvia tem mais dificuldade para voltar ao evangelho, que aqueles que nunca conheceram. Mas vale apena esse esforço, pois é uma alma que estamos livrando do inferno.

Em segundo lugar é necessário entusiasmo.
Observe que o pastor quando encontrou ovelha perdida ele ficou feliz. Com entusiasmo, ignorando a distância e peso da ovelha, pôs sobre os seus ombros e a trouxe com alegria e fez questão demonstrar o seu contentamento. Do mesmo modo acontece com a mulher que encontra a dracma. Ela chama as amigas e vizinhas e fala da sua felicidade. Semelhante o pai, que quando recebe seu filho, dá uma festa. Ele não condena o rapaz. Ele o recebe como filho e festeja.
Quando o desviado nos visita ou retorna para os caminhos do Senhor é preciso que cada um de nós demostre que estamos cheios de júbilo com a sua presença e principalmente com o seu retorno. Essa alegria pode ser demostrada com uma saudação calorosa, com um abraço, com uma palavra de esperança, tal como: “estou feliz com o seu retorno”, “fique firme”, “vai em frente”. Tudo isso pode ser uma injeção de ânimo para quem está retornando.
Certa vez, encontrei uma irmã que estava afastada da igreja. Ele disse que estava bem com Deus, mas sem forças para ir à igreja. Quando a encontrei, dei a paz do Senhor, perguntei pela família, pelo esposo e que estávamos sentindo sua falta.  Incentivei para ir à igreja e frequentar os cultos. Ela ficou muito feliz com as palavras que ouviram e decidiu voltar a frequentar a igreja. Nem sempre o desviado precisa ouvir uma palavra de repreensão. Às vezes eles necessitam de uma atitude de entusiasmo, que o deixe animado e com desejo de voltar para igreja.

Terceiro, é necessário acender a chama no coração.
Com o coração frio e indiferente não há como conquistar os perdidos e trazer de volta às ovelhas que estão distante do aprisco. Com o coração frio e gelado não há como buscar com diligencias as dracmas perdidas. Com o frio não há como falar em ganhar almas para o Senhor
Porque só tem amor pelas almas perdidas, quem tem a chama de Deus acessa em seus corações. A igreja só ganha almas quando o fogo está ardendo sobre o altar continuamente, todos os dias.
Observe que a primeira atitude da mulher quando percebeu que havia perdido uma dracma, foi acender a candeia. A casa estava escura e para achar a dracma era preciso de luz, a chama da candeia tinha que está acesa.  Era necessário fogo. Estamos no mundo de trevas. Quem se perde só pode ser encontrado se houve luz, se houve fogo, se a chama da igreja estiver acesa.
...

Então acenda a tua chama. Aqueça o teu coração com o fogo do pentecoste, com o fogo do Espírito Santo. E comece a fazer alguma coisa a favor das dracmas perdidas. Dracma fala de valor. Cada alma, cada pessoa é preciosa para Deus.

Pastor Joventino Barros Santana

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