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segunda-feira, 19 de maio de 2014

POLÊMICA: UMBANDA E CANDOMBLÉ SÃO RELIGIÕES?

A justiça Federal do Rio de Janeiro provocou polêmica ao emiti uma sentença considerando que “os cultos afro-brasileiros não constituem religião”. Pois “as manifestações religiosas não contêm traços necessários de uma religião”.
De acordo com o noticias.gospelmais a definição aconteceu em resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que pedia a retirada de vídeos de cultos evangélicos que foram considerados intolerantes e discriminatórios contra as práticas religiosas de matriz africana do YouTube.
O juiz responsável entendeu que, para uma crença ser considerada religião, é preciso seguir um texto base – como a Bíblia Sagrada, Torá, ou o Alcorão, por exemplo – e ter uma estrutura hierárquica, além de um deus a ser venerado.
 Opondo ao conceito do que pode ser considerado como religião da justiça Federal do Rio de Janeiro, defendem-se que as religiões de matizes africanas estão ancoradas nos princípios da oralidade, temporalidade, senioridade, na ancestralidade, não necessitando de um texto básico para defini-las.
Independentemente de ser uma religião ou não, são manifestações religiosas. A religiosidade está presente em todo ser humano, mesmo não tendo uma religião. O culto é um ato que pode existe dentro ou fora de uma religião. Religião fala de uma institucionalização, ao passo que religiosidade, de acordo com Cortela, é um sentimento que não integra necessariamente uma formalização coletiva ou institucional. É uma busca de conexão com o além, com o ser superior, com a vida. É um sair da materialidade, em busca do espiritual, do eterno, do majestoso, do poderoso.
Portanto, mesmo que os cultos afro-brasileiros não sejam considerados como religião, não deixa de ser culto, não deixa de ser uma manifestação religiosa. Daí, digno de respeito. Todos são livres para escolher em que acreditar e a quem prestar culto.
Por outro lado, não se pode, em nome da religião, coibir das pessoas manifestarem seus pensamentos acerca do que pensa das religiões e de suas práticas. Todos nós temos o direito de aceitar ou discordar de determinadas práticas e doutrinas religiosas. O debate sobre as práticas e os dogmas religiosos ocorrem dentro das próprias religiões. O que não podemos é sermos violentos, cheios de ódios e desejo de vingança. Mas eu posso discordar amando. Discordar também pode ser um ato de amorosidade.     
Pr. Joventino Barros Santana 

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