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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A MAGNITUDE DA CEIA DO SENHOR


Santa Ceia ou, como diz a Bíblia, Ceia do Senhor, ou, Mesa do Senhor, é a grande e principal celebração da igreja de Cristo. Hoje quero trazer a tona algumas verdades bíblicas e históricas acerca da ceia do Senhor

A Ceia é um ato coletivo.
Quando Jesus instituiu a Ceia, todos os discípulos participaram. Ninguém estava ausente. Até mesmo Judas, aquele que o traiu, também participou. A fim de evitar que alguém faltasse, Jesus marcou com antecedência. Ele disse o horário e local onde seria celebrada.
Outra: quando Jesus tomou o cálice, ele disse: “bebei dele todos” (Mt 26. 27). Em Mc 14. 23 está escrito que “todos beberam”. Todos os discípulos participaram da Ceia ao mesmo tempo. Todos estavam reunidos no mesmo local, no mesmo horário e tomaram a Ceia juntos.
Por isso que Paulo condenou tomar a Ceia antecipadamente (I Cor 11. 20, 21). Observe o que ele disse: “Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comais. Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia”. A Ceia é único culto em que devemos esperar por que aquele que não chegou no horário. Por isso que está escrito: “portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros” (I Cor 11. 33). Por quê? Por que a Ceia é um ato coletivo. Não podemos dividi-la em grupos. Por isso que o crente deve se esforçar para se fazer presente no horário e no local marcado.

A Ceia é um ato inclusivo
Observe que todos os discípulos de Jesus participaram da Ceia. Todos estavam presentes no ato. Todos tomaram do cálice e comeram do pão. Até mesmo Judas, que o traiu, foi também incluindo. E é interessante observar que Jesus sabia que Judas seria o traidor, no entanto, não o impediu de participar da Ceia.
O objetivo da Ceia não fazer divisão e nem excluir. Ela tem como finalidade a inclusão. Paulo foi muito claro ao dizer em I cor 11. 28: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. Portanto é um equívoco quando o crente se auto-suspende da celebração da Ceia. O texto não está dizendo que devemos nos auto-excluir, mas nos examinar para participar. O auto-exame é inclusivo. Por isso que sempre tenho orientado que se o crente tem alguma coisa que lhe empeça de tomar a Ceia, ele deve procurar o pastor e mostrar sua impossibilidade. E por certo, o pastor lhe orientará o que se deve ser feito. Franklin Ferreira escreveu: “a solução não está em deixar de participar, mas em examina-se a si mesmo, corrigir e dela tomar dignamente”

A Ceia é um ato de grande importância.
Outra coisa interessante que descobri, é que a Igreja primitiva, costumeiramente, celebrava a Ceia do Senhor no primeiro dia da Semana. At 20. 7: “no primeiro dia da semana, ajuntando os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até a meia noite”. Os grandes eventos do cristianismo estão ligados ao primeiro dia da semana. A ressurreição de Cristo, suas aparições e a descida do Espírito Santo no dia de pentecoste ocorreram no primeiro dia da semana. Logo, o primeiro sermão depois da ressurreição, as três mil conversões, o primeiro batismo cristão e batismo no Espírito Santo ocorreram no primeiro dia da semana também.
Pelo fato da ressurreição de Cristo ter ocorrido no primeiro dia da semana, os crentes, naturalmente, se reuniam neste dia para adorar e celebrar a Deus pela redenção consumada na ressurreição de Cristo (I Cor 16. 1 – 4). Por isso que em Apocalipse capítulo 1. 10, o primeiro dia da semana é chamado de “dia do Senhor”. Dessa expressão originou o nome domingo. Que em latim é domingus, que significa domínio. O domínio está ligado ao senhorio de Cristo. Quando Cristo ressuscitou, no primeiro dia da semana, ele apareceu aos discípulos e disse: “É-me dado todo o poder nos céus e na terra” (MT 28. 18). Todo o domínio está nas mãos de Jesus de Cristo.
Por causa disso, os crentes costumavam celebrar a Ceia no primeiro dia da semana. Por isso que é recomendável que a igreja esteja reunida neste dia para celebrar, para fazer parte da Mesa do Senhor. Imitando aos primitivos discípulos de Cristo. Pois a Ceia é a festa primordial da igreja. Flanklin Ferreira disse: “nos primórdios da igreja, a ceia do Senhor era o centro da vida espiritual, celebrada todos aos domingos”  

A Ceia é um ato regular.
A Bíblia não diz se devemos celebrar semanalmente ou mensal. Há igrejas que celebram todos aos domingos e outras, semelhante a nossa denominação, que celebram a cada mês. O que está claro na Bíblia é que a igreja deve celebrar regulamente e que os crentes devem participar dela com freqüência. Paulo falando da freqüência da ceia escreveu: “fazei isso, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que venha” ( I Cor 11. 25, 26).
O crente não pode deixar de participar da Mesa do Senhor por qualquer motivo. O culto da Ceia precisa ser priorizado, pois ele é um testemunho de nossa fé, um memorial do que Deus fez por nós em Cristo na cruz e uma proclamação viva de sua volta. A Ceia do senhor renova a nossa fé, a nossa comunhão e nosso compromisso com Cristo. Por isso que o crente não pode deixar de participar da Ceia. Há irmãos que ficam dois meses até um ano sem fazer parte dessa celebração. Isso está errado. O crente precisa sempre está apto para fazer parte da Mesa do Senhor.

Em fim, a Ceia é um ato de comunhão.
Ela era chamada pelos antigos irmãos de Santa Comunhão. “porventura, o cálice de benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que participamos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e só corpo; porque todos nós participamos de um só pão” (I Cor 10. 16, 17).
Algo que ilustra muito bem a comunhão é a mesa. A Ceia é a Mesa do Senhor. Isso significa dizer que Cristo não é apenas celebrado na ceia, mas que está ali, sentado, como verdadeiro anfitrião, presente por meio do Espírito Santo. Por isso que quando celebramos a ceia sentimos a sua presença mais forte. É por que ele estar em comunhão conosco, se fazendo presente. Aleluia.
Entendemos mais profundamente o significado da Ceia do Senhor, quando lembramos que, para os povos antigos, comer e beber juntos era um sinal de profundo respeito, lealdade e fidelidade de um para com o outro. Era na verdade a celebração de um pacto de comunhão. Então, quando participamos da Ceia, quando comemos o pão e bebemos o cálice com o irmão, estamos dizendo: “eu tenho um pacto de fidelidade com você”. “Eu sou leal a você”. “Eu tenho um pacto de fidelidade com os irmãos”. Nós temos comunhão!

O que aprendemos?
Aprendemos quatro verdades importantes acerca da Ceia: É um ato coletivo. Todos os crentes precisam participar. É um ato inclusivo. Ninguém deve ficar fora da ceia. Desde aos crentes mais fracos aos mais fortes devem fazer parte da mesa. É um ato regular. Devemos celebrar com freqüência. Dizem que os irmãos primitivos celebravam todos aos domingos. Pelo fato de Cristo ter ressuscitado no domingo, a igreja de Atos costumava celebrar a Ceia sempre no primeiro dia da semana. Por fim, aprendemos que a Ceia é um ato de comunhão, não apenas com Deus, mas também com os irmãos. É a celebração de uma aliança. Aleluia.  

Pr Joventino B. Santana

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